10 de jun. de 2020


Dia de Portugal
10 de Junho

Em honra de Camões, tão aviltado, a quem nem os ossos deixaram descansar, alterando sem respeito a língua do mestre maior, insiste-se em ofender, não celebrar, a Lusitanidade.
Portugueses que se espalharam pelo mundo, coração aberto e bandeira da Cuz do Cristo, há muito aquela que foi pátria amada perdeu a vergonha e a dignidade quando abandonou trabalhadores de terras nossas para as entregar, por alto preço estipulado, a declarados inimigos.
Os anos passam e o desmoronar de um país que foi grande, em valentia e dignidade, é-nos, a todo o momento exibido, com covarde orgulho, a espezinhar a sua heróica história.
Um punhado de valentes deram novos mundos ao mundo, deram suas vidas com outros povos, deram tudo quanto sabiam e podiam, e um dia, um triste dia, comemorado com acinte, venderam-nos, abandonaram-nos, ameaçaram-nos até de morte se quisessem interferir na venda das ricas terras.
Dia de Portugal! O que diriam homens com o rei João II, que teve que matar dois duques para não ver o reino dividido, Dom Pedro o Duque de Coimbra que se deixou matar para dar força ao sobrinho rei, Padre António Vieira ao ver o desentenderem-se na escrita da sua língua, Dom Diniz a ver arder as matas que tanto lhe custaram a plantar, e todos aqueles simples, ignorados, como eu, a quem jogaram no lixo vinte anos de árduo e entusiástico trabalho em África para não pagarem uma aposentadoria com que pudesse viver sem esmolar?
Agora a moda, covarde, dos ignorantes que se arvoram em pensadores ou jornalistas, que insultam tudo e todos, é fomentar a desunião, destruir a célula base da sociedade humana, a Família, semear a mentira e insultar os antepassados que deram suas vidas pelo país, e ainda são pagos para isso!
Infâmia.
Querem vender o que sobra de ética e dignidade a quem lhes irá pôr uma canga no pescoço.
Será, depois, tarde. Os que se arvoram hoje em heróis da indignidade, vão chorar. Baterão palmas no primeiro dia e, logo desprezados vão chorar e se arrepender.
O arrependimento é próprio dos fracos.
Os que hoje conduzem Portugal para o fosso, para a fornalha ardente, não irão mais rir nem partilhar o país pelos “amigos”.
Talvez não saibam, mas a amizade não se cria, nem se fortalece em cima de condutas escusas e corriptas.

Ó capitães traidores dum grande ideal
Que tendo herdado um Portugal
Longínquo e ilimitado como o mar
Cuja bandeira a tremular
Assinalava o infinito Português
Sob a imensidade do céu,
Deixais a vossos filhos um Portugal pigmeu
Um Portugal em miniatura
Um Portugal de escravos
Enterrado num caixão de apodrecidos cravos.
Tristes capitães ufanos da derrota,
Ó herdeiros anões d’Aljubarrota
Vossos filhos mais tarde ocultarão
Os vossos apelidos d’ignomínia,
Bastardos duma raça de barões.
Para vossa punição
Vossos filhos morrerão
Espanhóis

10/06/2020

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