20 de mai. de 2010

O PALHAÇO VOADOR


Quem não se lembra de ver, naqueles circos, sobretudo os ambulantes, os Palhaços?
Era o Rico e o Pobre, ou o Esperto e o Estúpido, aquele vertido de arlequim, roupa vistosa, este esfarrapado, nariz vermelhão, calças larguissimas e sapatos de mais de meio metro. O Pobre sempre apanhava no começo, mas tinha a palavra final, deixando o Rico a perder! E o público divertia-se, ria, aplaudia.
Hoje o circo é algo de grande sofisticação e não tem mais aqueles artistas ambulantes que viajavam de terra em terra, com as suas carroças, onde levavam todo o equipamento para montar o circo, e onde também vivia a família que, normalmente, compunha todo o elenco. Saudades desse tempo, de espetáculos inocentes, em que os artistas faziam habilidades incríveis. Lembro de muitos que não vou citar porque seria uma longa lista, como um dos palhaços pobres que tocava habitualmente uma pequena sanfona ou concertina, mas dessa vez com um arco de violino, num serrote! “As czardas” de Monti! Uma maravilha.
Hoje os palhaços são outros, como os palhaços ricos do antigamente. Aparecem com ar de quem sabe tudo, enxovalham o pobre, que continua a apanhar pancada, mas no fim saem perdendo.
Nós temos por aqui o “palhaço voador”! Nada de trapézios, corda bamba, nem saltos mortais.
Este é dos ricos, riquíssimo, ultra rico. Cerca de duzentos milhões de espectadores que pagam para ver se ele, algum dia, consegue mostrar alguma habilidade. Até hoje só tem feito rir os que ouvem os seus pronunciamentos, e tal como os velhos palhaços ricos, tem os ouvidos tampados, porque não ouve, nem vê, nem quer ver o que se passa no circo montado à sua volta.
Mas este, tempos modernos, não se desloca em humildes carroças, ou mesmo de caminhão. Com todos esses milhões a pagarem, comprou um avião particular que custou, aos espectadores, claro, cento e cinquenta milhões de reais! Em quase dez anos de “arena” o palhaço já percorreu mais de 600.000 quilómetros, visitando países de alto interesse em palhaçadas, como o Cazaquistão, El Salvador, e sobretudo a Venezuela e Bolívia, sem deixar de passar por Cuba para divertir o “big chefe” Fidel e pedir-lhe a benção para continuar o espetáculo.
Depois, com sua habitual sensibilidade política, comandada pelas eminências pardas bolcheviques, apoiou o famigerado Zelaya, um típico petralha hispânico a mando de Chávez, como lhe chamou um repórter de São Paulo, para finalmente, como número de “sustância”, perto de terminar o seu show, arvora-se em interlocutor dum bandido, o assassino que nega o holocausto, e condena à morte qualquer opositor político, e assina, gloriosamente, com este e a Turquia, um tratado que nem enganoso é, mas que o tornou ainda mais convencido de ser o maior palhaço do mundo!
Covarde, como era típico dos palhaços ricos, este para diversão geral, nem coragem tem para falar ao seu querido amigo parto ou sassânida nos direitos humanos e nos assassinatos no seu país.
A Turquia assinou o tratado porque sempre vai ganhar uns trocos enriquecendo parte do urânio persa, de modo que qualquer acordo lhe seria favorável, e o palhação porque pretendia dar uma lição de diplomacia ao mundo!
Está a sair-lhe o tiro pela culatra. Pretensioso, convencido de ser um grande líder mundial, venerado pelo outro palhaço Zapatero, cara de anedota e nariz de Pinóquio, comandado pelo que aqui se chama de “Itamaraty B”, o das eminências bolcheviques, continua a ter uma imensidão de espectadores, babacas a aplaudir.
O perigo está em ver esses babacas a querer continuar a assistir à palhaçada!


19-05-2010

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