30 de dez. de 2009

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Fim de ano

A bola de cristal



Janeiro 2007
Faz dentro de dias 3 anos que escrevi um artigo com o título de “PAC, PAC, PAC” comentando o grande pronunciamento de sexa big líder, que afirmava, na sua rouca voz aloolisada, que o Brasil ia finalmente deslanchar, ao fim de mais de 500 anos, com o esplendoroso programa PAC –Programa de Aceleração do Crescimento – onde o (des)governo iria investir 500 bilhões de reais, para o que não dispunha nem de 30!

Como entrava pelos olhos dentro, daqueles que têm olhos, como é óbvio, era uma deslavada mentira, uma afronta aos que por azar têm um mínimo de capacidade de refletir e pensar.

É verdade! São passados 3 anos, e constata-se, em números divulgados pelo mesmo (des)governo que dos 12.520 – DOZE MIL QUINHENTOS E VINTE – projetos/obras do tal PAC, até hoje não se completou mais do que 9,8%.

Não é nem vergonha! É caso de polícia. Quando um estelionatário engana um incauto, tem ocorrência policial, julgamento e prisão (prisão se o golpe for pequeno. Grande... já vamos ver!). Aqui, no país do faz-de-conta, o indivíduo tem 70 ou 80% de aprovação da população!

É verdade e, podem escrever, jamais se vão cumprir 20% que seja desse programa vigarista!



Abril 2009
Grande reboliço nos órgãos de informação: um juiz e um delegado da polícia prenderam, com grande aparato – televisão, rádio, repórteres de toda a informação, etc.- um banqueiro chamado Daniel Dantas, bilionário, porque teria feito (fez quase de certeza um monte de trambiques!), e que também... só havia dado ao minino lulinha, um dos filhotinhos de sexa big líder, um monte de milhões que o transformou, da noite para o dia, de faxineiro zoológico em latifundiário, com milhares de cabeças de gado, e mais um total de área de fazendas de largos milhares hectares, etc.

Quem nós imaginávamos que tinha esse poder “transformatório” era só a fada madrinha com a sua varinha mágica. Mas aqui não. Qualquer um que tenha dinheiro, transforma o maior miserável filhinho de big líder em grand seigneur (salvo seja!). Esses filhos de... são muito humildes e aceitam qualquer quantia que se lhes dê, de preferência... muita! Se for necessário, e enquanto a grana não emigra para paraísos fiscais – que apesar da pressão do Obama continuam operando “na maior” – transportam-na nas cuecas, meias etc.

Mas diz esse texto de há oito meses que, como o “doador e o recebedor” eram recíprocamente muito agradecidos, iria acabar tudo em pizza! Io te do una cosa a te, tu me dai una cosa a me!

Processo judicial complexo, prende-se o banqueiro, solta com hábeas corpus, prende o banqueiro, solta com hábeas corpus (não fui eu que repeti!), prende o banqueiro. E segue o processo no SUPREMO e “o da grana” na cadeia.

É verdade. Finalmente o processo foi anulado no supremo tribunal de justiça (justiça ?) porque segundo o parecer dos supremos doutos, todos amigos do big... o processo estaria mal configurado (nem sei como se diz isso em advocacia), que se obtiveram escutas e outras provas ilicitamente, etc. O tal Dantas acaba de ser libertado.

O lulinha continua milionário e o papázinho dele só tem que pensar nos outros filhotinhos, se é que não estão já todos cheios da grana! Devem estar.

Moral da história: acabou ou não em pizza?




Qualquer mês de 2002

Os americanos vão à guerra no Iraque. A minha filha que vive em Londres fica preocupada porque o senhor Blair alinhou logo, disse que o Saddam tinha montes de bombas de destruição em massa, e manda uns milhares de jovens para o açougue do senhor butcher.

Pergunta a minha filha: “Pai o que é que vai acontecer com esta guerra?” A resposta foi simples: “O que toda a gente já sabe! Os americanos “ganham” a guerra em dois tempos, e depois de semearem o caos no Iraque, não vão saber como sair de lá.”

A bolinha de cristal, nessa ocasião nem precisou de grande esforço para “prever o futuro”, tal como hoje ela sabe perfeitamente que a guerra no Afeganistão, estejam lá 100 ou 200 mil soldados, não tem como ser ganha!

Já morreram milhares de americanos, ingleses, franceses, etc., vão morrer muito mais e um dia, talvez daqui a dez ou quinze anos, esta tropa toda vai de lá sair com o rabinho entre as pernas.

Há guerras que não têm fim. Estas duas são desta “qualidade”.



Podia continuar a transmitir-vos o que diz a minha bola. Mas para que falar do conflito israelo-palestino, do Yémen, do Sudão, da Somália e do arsenal atômico do Iran, quando já se antevê, quase a olho nu, as catástrofes que estão para vir?



O que vale é que, com ou sem acordo de Copenhague, aqui no Brasil, ainda pouco se sentem estas desgraças.

Ficamo-nos com as vigarices, trafulhices, governices corruptas e outras verdadeiras maravilhas brasilienses que por vezes nos fazem esquecer ou disfarçar a vergonha da nossa política.
Quem dera que se pudessem realizar os votos que, nesta quadra milhões de pessoas enviam: "Que 2010 traga paz!"

30.jan.09






















23 de dez. de 2009

Hamlet



ou a omelete dinamarquesa


No frigir dos ovos... “tudo como dantes no quartel de Abrantes!”
Só politicalha! Ninguém se compromete perante os seus eleitores ou súbditos, como o caso da China, e o mundo que se lixe!
Até o “super messias” Obama, teve que dar o recado que possivelmente não queria, mas que o congresso mandou!
Que se dane o futuro, que se danem os países emergentes e os, em breve imergentes, como as Maldivas, mas sempre “primeiro a mim” e, se sobrar, aos outros. Só que, por este andar, nada vai sobrar. Ninguém quer ficar de rabo preso.
O terceiro mundo diz que são os ricos que devem pagar a conta, os grandes emergentes insistem que o desenvolvimento passa invariavelmente pela fase da destruição, a Europa num desequilíbrio completo - a maioria dos países em extrema dificuldade - sem saber o que dizer, o teatro segue e baixa o pano com lágrimas não de emoção pela arte dos atores, mas pela falsidade dos mesmos.
Tal como o Hamlet, e vem muito a propósito pela geografia do encontro, acabamos de assistir a uma grande encenação teatral, a um drama profundo. Só do Brasil foram mais de 800 atores! 800! Para que? Para verem a representação do big líder que foi até aplaudido pelos restantes comediantes.
E plagiando o drama de Shakespeare tivemos ali todos os elementos duma grande peça: traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade.
Traição à vida que está em jogo. A vida de todos os seres vivos deste planeta. Vingança da politicalha, sobretudo dos opositores que sempre estão no melhor lugar para falar mal e nada concretizar. Incesto... porque vão em cima dos irmãos! Corrupção... evidente, e alguma moralidade, normalmente falsa, como a demagogia, como do big lider brasileiro a propor oferecer dois bilhões de dólares para ajuda aos países pobres, quando parece “ignorar” que no seu (dele) país falta, MUITO, o ensino básico de qualidade, saneamento, justiça, etc., e continuam a vegetar milhões de pobres. E, no encontro contra a poluição do planeta, ainda vai autorizar a construção de cinco usinas termo-elétricas!
Mas foi aplaudido e isso traduz-se em prestígio, mesmo todos sabendo a mentira, a afronta que representa.
Pode dar os milhões aos países pobres. Mas também esqueceu um ligeiro detalhe: que a mão esquerda não saiba o que faz a direita. E neste caso só interessa o que a “mão direita” prometeu. Não o que fez.
194 países à espera que o Papai Noel trouxesse no seu trenó um monte de presentes climáticos. Mas as renas... fizeram greve!
A pergunta que no fim desta caricatura mundial ficou no ar foi a mesma:
- To be or not to be?
To be o quê? Foi isso que ninguém soube ou quis responder! To be responsável.


22.dez.09

17 de dez. de 2009

NATAL

A época do Natal tem pelo menos uma vantagem: algumas pessoas que vivem “escondidas” o ano inteiro aparecem para desejar “Boas Festas” e assim não se deixarem cair num esquecimento completo.
É, de qualquer modo, sejam as intenções boas ou simplesmente “obrigatórias”, saudável esta troca de votos.
O problema é que sempre esquecemos alguém, por vezes um dos amigos mais queridos, não porque estivesse fora do nosso coração, mas porque... porque... esqueceu!
Desta vez achei mais fácil mandar um abraço a todos aqueles que quiserem abrir este bolg que, se tem sido um meio de expor a minha indignação perante tamanha sem vergonhice dos dirigentes, também me permite volta e meia trocar idéias “africanas”, e não só, com muita gente.
Em vez de mandar aqueles e-mails com sininhos, meninos e meninas cafonas a cantar umas cantiguinhas que ninguém já suporta, pensei que este seria o melhor caminho para vos, dizer, aos que estão a ler, quanta falta me faz a vossa companhia, seja de amigos de há muito ou de alguns que nunca conheci.
Todos fazem falta. Não somos todos irmãos? Não temos mais afinidade ou entendimento com uns irmãos do que outros? Não temos uma imensa quantidade de irmãos que nada têm de genética - recente - conosco, e com quem tanto nos identificamos?
Nós acabamos de ganhar um neto cuja existência simplesmente sabíamos, e sempre entendemos que jamais deveríamos intervir na família que o deu à luz e educou. Mas agora, com 27 anos, tomou conhecimento de quem era o seu pai biológico, apareceu, reunimos a família carioca, fizemos-lhe uma festa de recepção, e veio viver conosco!
Há pouco tempo, por coincidências internéticas, surgiu um “parente”, que vive em Montevidéu, sabendo que haveria na sua “árvore genealógica” alguns nomes da nossa família! Estudadas as “árvores” constatámos que temos um antepassado comum que viveu há cerca de 300 anos e é o nosso 11º avô, basco!
E se Adão e Eva são figuras metafóricas (apesar de, seguindo a minha genealogia que vem já na Internet, chegar a esse simpático casal !!!), não é verdade que somos todos irmãos, e que nesta altura do ano, talvez com mais força do que noutras ocasiões, não ressoa nos nossos ouvidos, ou só na mente, que só se resolve o problema da fome, do meio ambiente, das guerras, da inveja, do desentendimento político, religioso, social econômico e financeiro, quando de fato formos capazes de nos amar uns aos outros como irmãos?
E posso esquecer todos estes e mais aqueles que conheci nos recônditos de Angola e Moçambique e noutros lugares do mundo, muitos deles cujos nomes já não sei, mas cuja imagem permanece, mesmo difusa, no nosso espírito?
E de todos os que tanto precisam de nós, que “sofrem fome e sede de justiça” e que nós, por comodismo ou impossibilidade, não lhes podemos valer?
É esta a nossa mensagem deste Natal, do próximo, e de todos os dias entre quantos Natais houver:


”Que nos amemos uns aos outros como irmãos”!


Vamos procurar não deixar de fora do nosso coração um só. Daqueles que são família, dos amigos iguais à família, dos conhecidos e dos desconhecidos.
Se quisermos cabem todos. É só querer.
Mas como sou um frágil ser humano, o que me vai ser difícil é conseguir beber um copo à saúde de cada um! Mas... tentarei!
 
17.dez.09

12 de dez. de 2009

MERDA !


A nova palavra de ordem presidencial !


“Vou tirar o povo da merda!” Afirmação do big líder em pronunciamento oficial através da televisão. E, como nos sambas, insistiu no refrão, repetiu: “Vou tirar o povo da merda!”

Se até há pouco esta palavra era considerada baixo calão, coisa de pessoas chulas, sem qualquer nível, a Lusofonia que se prepare para retirar a palavra da baixaria e a colocar nos altos níveis de pronunciamentos que são esperados de um Presidente da República.
Mas com este linguajar o presidente da merda, só ganha cada vez mais popularidade, aqui e pelo mundo todo, ao ponto de em Espanha ter sido considerado a Personalidade do Ano! Aqui, internamente, ainda seria natural, já que o nível cultural da maioria da população é de m#@&a, e adora ouvir este tipo de palavreado. Eles adoram, aplaudem e gritam na euforia da ignoraria; “Viva! Ele é coma nóis!”
Mas Espanha dar o título de personalidade do ano a um presidente que só fala m&@#a! ?
Será por causa do estado de pré falência em que se encontra o “grande país ibérico”, e assim tentar levar uma esmolinha do Brasil?
Esta frase bombástica e mal cheirosa, que envergonha os brasileiros, tem a ver com o saneamento básico. Só que:

- em sete anos de (des)governo petista o volume de dinheiro aplicado em saneamento ficou em torno de 12% da verba orçamentada! O resto... é um mistério da m&@#a!
- para levar saneamento básico a todo o país, segundo os especialistas, e aplicando-se integralmente os valores orçados, seriam necessários 66 anos!
A perspectiva não é saudável! Mais 66 anos de m&@#a, dá para pensar que a numenklatura petista está a preparar-se para copiar o regime soviético que durou 70 anos, ou o chavismo que, além dos dez anos que já leva, pretende ficar, pelo menos, até 2025!
Um governo da m#@&a, tem mesmo é que usar o linguajar do seu nível! Seja a propósito de saneamento ou de corrupção, porque há dias o mesmo big líder afirmava que neste país só pobre vai preso. Tem razão. O filhinho, o lulinha, de limpador de m#@&a de animais no zoológico, de um dia para o outro ficou milionário! Com dinheiro sujo. Como já é rico não vai mais ser preso.
Lembra esta baixaria de palavreado um fato passado nos anos 40 em Luanda, e contado no meu livro “Contos Peregrinos a Preto e Branco” mas que não resisto em reproduzir:

Um dos mais famosos homens de Luanda, figura de legenda, foi o Dr. Antonio Videira, advogado, inteligente, culto, grande jogador de bridge. Escreveu uns livros simples mas maravilhosos e lindamente bem escritos sobre Angola, que viveu intensamente. De si próprio diz no livro “Angola - Dez Bilhetes Postais Ilustrados” - 1955 (ilustrados por Neves e Sousa): Estouvado, irreverente, malcriado, esta gente amiga e desempoeirada - o ar por cá é mais limpo; respira-se melhor - sempre me perdoou e quis bem.

Lá está o ar de Angola, mais limpo... Dele há inúmeras estórias. Estupendas. Divertidissimas, cada uma melhor do que a outra. Só uma, para se ter uma idéia da figura.

Dois indivíduos lá se trocaram de razões e no meio da discórdia um chamou filho da puta ao outro. Grave ofensa, o ofendido entrou com uma ação no tribunal, tendo por advogado o Dr. Videira.

A gravidade do caso era bastante caricata, e o advogado de defesa do acusado achou que o melhor era fazer graça da situação. A sua intervenção:

- Hoje em dia o termo filho da puta não tem mais a conotação de ofensa à mãe de alguém. Todos nós sabemos que quando um jogador de futebol mete um golo bonito, o publico entusiasmado aplaude e diz: Filho da puta! Que grande golo. Acontece o mesmo quando, por exemplo um pescador pesca um peixão enorme: que sorte teve aquele filha da puta. Olhem o peixe que apanhou.
E seguiu fazendo a apologia do filho da puta procurando assim defender o seu constituinte. Quando terminou a defesa, o juiz deu a palavra à acusação. Levanta-se o Dr. Videira e diz:

- Meretissimo, depois das brilhantes palavras do distinto filho da puta e meu colega, nada tenho a acrescentar.

O acusado foi condenado a pedir publicas desculpas ao ofendido!

Por aqui se vê que as mesmas palavras, podem ser chulas, obscenas ou ... virtuosas!
Mas jamais pronunciadas por um presidente de m....&@#a!

12 dez. 09


27 de out. de 2009

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Se Deus fosse brasileiro

Houve tempo em que era comum ouvir dizer-se que “Deus era brasileiro”, tal a generosidade com que proveu a natureza desta terra que, na sua “certidão de nascimento” tem até escrito “em se plantando tudo dá”!
E a verdade é que por aqui tudo se dá, causando agora inveja e admiração por esse mundo fora. Tudo.


Tudo por aqui é grande: o espaço, as florestas (que sobram) as áreas de plantio, as pastagens, as minas, o crescimento das cidades, o número de Ferraris, Porshes e outros humildes meios de transporte, o petróleo e o gás (ainda mal explorados), o número de homicídios e assaltos – aqui mata-se mais do que no Afeganistão e talvez mesmo no Paquistão – a corrupção e a ladroagem, que tendo espelho em todos os países, aqui atinge níveis a priori inconcebíveis, as centenas de quilômetros de ferrovias abandonadas, o número de buracos nas estradas – neste particular devemos ter a medalha de ouro mundial – e, para não desequilibrar o panorama, um presidente que "bota a boca no trombone" e se permite dizer as maiores barbaridades, sai dando risada e ainda é aplaudido!
Uma das últimas, para justificar a bandalha que pratica e de quem o rodeia, os acordos vergonhosos que faz com outros partidos e as dezenas de milhares de cargos de confiança que criou durante o seu mandato, disse que “se Jesus Cristo nascesse no Brasil e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”!
Todos os dias o big líder se permite ofender quem quer que seja. Os cidadãos e o bom senso. Todos os dias diz barbaridades incríveis. Governar, não governa, ou porque para isso é absolutamente inepto, ou porque está fora do seu gabinete mais de metade do ano, em viagens absurdas e em permanente campanha para ver se elege a sua protegida e retorna em 2014 para prosseguir na farra.
Mas esqueceu-se sexa, se por acaso sabia, que Jesus Cristo, como comentou Dom Dimas Barbosa, secretário geral da CNBB, a propósito do insulto, não aos cristão, mas ao próprio Cristo, que “Judas foi um discípulos de Cristo. Mas quero lembrar que Cristo não fez aliança com fariseus nem saduceus”!
E há tanto para “lembrar” a quem nada sabe e se permite falar de tudo. Pena o tal presidente não “se lembrar”, em primeiro lugar, que Cristo, à entrada do templo, fez uma vergasta e dali correu com os vendilhões! A casa de Deus não era covil de ladrões! Imaginem só se Cristo aqui viesse e entrasse nos gabinetes do governo! E no congresso em Brasília! E nos governos e assembléias estaduais e municipais! E...
Como se comportaria Jesus face ao desplante de políticos como os Sarneys, Malufs, Jaders, Mercadantes, Renans, e tantos, tantos outros, que envergonham o país e seu povo com quem o dito presidente faz indecorosas “coalizões” para não perder, ele e os outros, a mamata? Jesus chamaria Judas ou os entregaria logo ao demônio para arderem no fogo dos infernos? Eles e seus compadrios e coligados!
Esqueceu-se que Cristo disse ainda ”bem aventurados os humildes...”, os não arrogantes nem vaidosos nem ambiciosos, e mais, “quando dás esmolas não faças tocar a trombeta como fazem os hipócritas para serem louvados pelos homens, mas quando dês, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita”!
Todos os dias se apregoa o famigerado Bolsa Família, mas é público e notório que isso tem incentivado a ociosidade! Mas dá votos. A trombeta não se cala. Nem pára de dizer monstruosidades.
Assim teremos garantida uma medalha nas Olimpíadas: discurso ignorante!

14 de out. de 2009

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No reino do “Faz-de-conta”
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Reina a euforia! Tudo vai de vento em popa! Vai mesmo?
Jogos Desportivos Militares Mundiais em 2011, Copa do Mundo em 2014, Olimpíadas em 2016! OLIMPÍDAS ! Que maravilha.
Se o IDH, o tal Índice de Desenvolvimento Humano da ONU se medisse em promessas desportivas, o Brasil estaria, de longe, em primeiro lugar no mundo, mas...
- com os 115 milhões de Reais que o (des)governo deu ao MST para ir destruindo fazendas, prédios públicos e laboratórios de investigação agro-pecuária...
- com o sarneizão a beijar a mão de seus ex inimigos, os próprios do MST, de quem é agora representante no senado (!!!), atitude nojenta, mas que tem por finalidade: primeiro, “não perturbem as minhas propriedades e minha pobre família”, e tentar conquistar o apoio dos meliantes em novas eleições que estão, não tarda, à porta...
- com a euforia do pré-sal! Anda todo o mundo louco com o “lucro fabuloso” que o pré-sal... será que vai dar? Discute-se como se vai repartir o bolo desse imaginário lucro, que, a vir, demorará pelo menos meia dúzia de anos, apontam-se hipóteses sempre dirigidas não ao bem comum mas aos interesses privados, e o Brasil que tinha acabado de mostrar ao mundo ser o carro chefe nas energias alternativas, agora brada aos céus, faz festa, já gasta por conta do petróleo que o pré-sal vai dar... se der!
- e não só! Estão em estudo, e praticamente aprovadas, novas usinas termelétricas, movidas, imaginem, a carvão! Uma beleza. Coisa que os países todos ou abandonaram ou estão em vias de abandonar, o Brasil vai começar! Grande visão! E com esta “vantagem” adicional: o Brasil não tem carvão de pedra! Vai ter que o importar para poluir, ainda mais, os ares;
- no começo do século XVII, 90% da população da atual Argentina sabia, pelo menos, assinar o seu nome, e a maioria das mulheres sabia escrever (não se sabe bem se os indígenas também, mas muitos sim...) enquanto, 400 anos depois, por esta terra, o ensino continua cada vez mais na mesma, com um altíssimo índice de abandono escolar mesmo na 1ª. série, e alta taxa de analfabetismo;
- para acolher os Jogos Olímpicos fala-se em investimentos da ordem de 80 bilhões de reais... se ninguém roubar! Tudo tem que ser feito, como na China, e assim mesmo o nosso orçamento é quase o dobro que foi lá na Ásia! Mas não se ouve falar sequer em milhões para dar a verdadeira e necessária instrução e cultura ao povo!
- o big líder, primeiro disse que a seguir a presidente do país queria ser presidente da Petrobrás! (Quem não quereria ???) Agora já está a apostar em 2014 para voltar para onde está, à procura da grande “glória” de ser presidente do país que acolhe as Olimpíadas! Não há dúvida que a vaidade é maior desgraça do planeta! Dizia Rousseau: “Se há alguém a quem a vaidade faça feliz, com certeza esse alguém é um tolo”!
A perpetuação no poder é uma tentação terrível, pior que doença incurável. Mais ainda quando se admira e veneram líderes com essa contagiosa doença, como Fidel, Chavez, Ahmadinejad, os sobas do Sudão, Congo, Angola, etc., etc.
O imoral da política é a paixão de dominar. Piora quando se espera que o Estado, o governo, seja o defensor da tradição e da propriedade, e se assiste ao destroçar das tradições, ao desprezo pelas culturas indígenas, e se fomenta, com dinheiros públicos o depredar de propriedades por grupos de vândalos e permite a corrupção desbragada no seio mais alto da (des)governança.
Pelo modo como isto vai... de que vão servir os Jogos Olímpicos? Para melhorar os transportes públicos, construir estádios desportivos que depois ficam vazios porque nas escolas não há incentivos ao desporto, como aconteceu com as obras do Pan?
Todos torcemos muito para que o Rio saia arrumado e enaltecido pela organização dessas Olimpíadas. Mas no meio da tanta euforia, todos tememos muito também pelo mal que a corrupção, mais do que endêmica, possa fazer.
O mundo embasbaca-se perante o presidente operário que, como um papagaio, repete o que as eminências pardas mandam dizer e fazer, mas quem aqui vive é que sente como o governo, perdão (des)governo se coloca acima dos interesses da nação. Esta vem, longe, em segundo lugar.
Agora o “cara” até afirmou que a compra de novos aviões de caça para a Força Aérea Brasileira – que hoje não deve ter mais que um ou dois aptos a voar! – é fundamental para proteger a área do pré-sal, não vá dar-se a hipótese de outro país querer aqui vir explorar o que é... internacional! Piada, pobre, de circo... pobre!
A política econômica seguiu, sem qualquer alteração a que foi definida no anterior governo de Fernando Henrique, favorecendo o exponencial enriquecimento dos bancos, tão violentamente criticada pelo PT, oposição na altura, e de resto, tal como escrevi no início do comando por estes novos donos do poder, nada se vai fazer até às vésperas de novas eleições,
É o que estamos a ver. Fala-se muito em PAC, mas até agora essas tão apregoadas obras do PAC pouco mais passam do que o discurso da candidata do big líder.
Muita água ainda vai correr, mas as esperanças de vermos o nível da população aumentar, e isso seria o mais importante dos objetivos de qualquer governo sério, são muito remotas.
De acordo com um ex ministro da educação deste (des)governo, demitido porque reclamou da exigüidade de verbas que lhe atribuíram, só daqui a 56 anos o Brasil conseguirá erradicar o analfabetismo!
Educar não parece prioridade dos (des)governantes. Comprar aviões, sim. Não miliotares, mas de passeio. Além do super Airbus, em que lula vive, no mínimo uma terça parte do ano, visitando todos os países do mundo, com interesse ou sem ele, acaba de comprar mais três, felizmente da Embraer... porque as eleições estão aí a chegar e é necessário deslocar a turma para todos os palanques do país!
IDH? Para que? Poder e vaidade é que são bons!


11 out. 09

5 de out. de 2009

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Mais uma opinião de um dos melhores escritores brasileiros

De  bem  a  pior
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por JOÃO  UBALDO  RIBEIRO
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Diante do portão ainda fechado, olho por entre as grades do edifício e avalio a rua. Poucos passantes, alguns porteiros varrendo a calçada, tudo indica que o temido encontro será evitado novamente. Tem dado um pouco de trabalho, mas venho conseguindo driblá-la com eficácia e faz tempos que não a vejo. Bem verdade que, paradoxalmente, tenho uma certa saudade dela, mas sou obrigado a reconhecer que fico aliviado por não vê-la, é melhor assim. Inspeção concluída, tomo coragem e saio andando em direção a banca de jornal, aonde chego sem problemas e da qual volto devagar, espiando distraidamente as manchetes e sem suspeitar do que me espera, depois de dobrar a esquina de minha rua.
— Ah-ha! — soa uma voz feminina enquanto recebo um puxão na manga da camisa e logo concluo que desta vez não consegui escapar; é ela novamente.
— Andava se escondendo, hein?
— Me escondendo? Não, claro que não. Por que eu haveria de me esconder?
— Porque não está cumprindo sua obrigação, é por isso! Eu confesso que não esperava isso de você, mas fato e fato, e o fato é que você não está cumprindo sua obrigação.
— Não entendi, não sei de obrigação nenhuma que eu não esteja cumprindo.
— Sua obrigação de descer o cacete nessa corja, é essa a obrigação que você não está cumprindo.
— Bem, eu não acho que tenho es¬sa obrigação. Alem disso, o sujeito cansa de dar murro em ponta de faca sozinho. A impressão que eu tenho, pela leitura de jornais, é que esta todo mundo satisfeito, com uma exceçãozinha aqui ou ali.
— Está todo mundo o que? Satisfeito? Satisfeito com que, com o governo? Eu pergunto a você: qual é a grande realização desse governo, além de uma Legião Brasileira de Assistência turbinada, qual é? 0 que é que mudou?
— Bem, assim de cabeça é difícil lembrar.
— Então eu ajudo, vamos lá. Mu¬dou a educação? 0 ensino público está uma beleza, o povo esta cada vez mais educado, os professores são bem pagos, fizeram uma gran¬de reforma, não foi?
— Eu sei que não é bem assim, mas...
— Mas nada, não tem "mas" nenhum nessa conversa, é tudo um hor¬ror mesmo e, quando acham um colégio melhorzinho, da reportagem no "Fantástico", é caso de comemoração. E saúde, a saúde vai bem, não vai? Todo mundo atendido, não tem mais esse negócio de dormir na fila ou esperar meses por uma consulta, tem?
— Você esta sendo irônica, eu...
— Segurança, tem segurança? Onde é que você está seguro? Dentro de casa, não está seguro. Na rua, não es¬tá seguro. No ônibus, não está segu¬ro. No restaurante, não está seguro. No hospital, não está seguro. Nem numa delegacia ou num quartel, porque vão lá e jogam uma bomba! Onde é que não assaltam e, se quiserem, torturam e matam, me conte, onde é?
A policia já aconselha a não sair com documentos, fazer o que o assaltante manda e assim por diante. Agora eu estou esperando que também aconselhem a gente a manter em casa um lanchinho para agradar os assaltantes. Melhor ainda, um brunch, que é mais chique e mais moderno. Uns drinquezinhos, uns brioches, tudo para os assaltantes não se aborrecerem. No futuro vão aparecer manuais e matérias de jornal com cardápios especiais para esse caso.
— Taí, você falou em futuro e me lembrou. Tem o pré-sal também.
— Tem, tem. Ninguém sabe direito se vai dar para extrair esse petró1eo e, se der, como é que vai estar o petróleo daqui a dez ou quinze anos. 0 futuro não era o etanol, não eram as fontes de energia renováveis? Agora não é mais, é o petróleo mesmo, não é? Tão certo quanto as eleições que vem aí.
— Você não está sendo um pouquinho pessimista, não? As própria eleições são uma esperança.
— São, são. Esperança de que entrem ladrões novos, para substituir os velhos, isso é importante, é sempre interessante observar as gerações mais jovens se firmando. E os métodos de roubar com certeza vão mudar também, nada de saudosismo, vamos aos novos paradigmas da corrupção, o Brasil não pode ficar para trás.
— Olhe aí, você trouxe outra coisa à baila, o Brasil hoje é outro, no panorama internacional.
— É, eu sei, é o pais dos barbudinhos exóticos, os gringos gostam muito, se divertem bastante. E ainda nos empurram os bagulhos deles.
— Que é isso, também não é assim.
— Eu sei, é pior. Agora, com a embaixada brasileira em Honduras transformada em quartel-general da cucarachada, com essa cafajestada diplomática toda, está uma beleza, somos alvo do respeito uni¬versal, não é, não? E os gringos também acreditam nesse papo de que "não sei de nada", "não ouvi nada" etc. e tal.
— É, já vi que você hoje está mesmo com toda a corda.
— Ao contrário de certos escritores que eu conheço. E já que, ao que parece, você também está achando tudo ótimo, pelo menos, ponha na sua coluna um título que seja fiel à situação do Brasil de hoje. Eu lhe ofereço um de graça. Que tal "de bem a pior"?


JOAO UBALDO RIBEIRO é escritor.

28 de set. de 2009

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É difícil de acreditar, mas cada vez o nosso (des)governo mente mais, desacredita mais o país e até, pela primeira vez na sua história - esquecendo a trsite página da Guerra do Paraguai - se lamenta de não ter comprado os aviões de guerra há mais tempo... para ir em socorro do bandido conhecido por Zelaya!
Diz o big líder que não aceita mais golpes militares na América do Sul! Maravilha! Mas o que vai acontecer no Brasil se o PT perder as eleições de 2010? Quem vai segurar as forças armadas do MST?
É uma tristeza vermos o descaso e o desprezo pelo bom senso, pela autêntica democracia/liberdade, mas... o que esperar de um governante despreparado comandado por uma equipa de bolcheviques loucos com o poder e com tanto dinheiro à disposição?
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Pantomima

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DENIS LERRER ROSENFIELD

A pantomima parece não ter limites. A política exterior brasileira está enveredando, perigosamente, pelos caminhos bolivarianos, ditatoriais, que rompem com décadas de neutralidade e não ingerência em assuntos de outros païses. O caso de Honduras é, particularmente, aterrador, pois, em nome da democracia totalitaria, estão sentando as bases de supressão da liberdade.
Façamos, primeiro, um breve retrospecto. Lula e Amorim* realizaram, nos ultimos anos, périplos por paises africanos, que têm em comum o menosprezo pela democracia e pelas liberdades em geral. Trata-se de países ditatoriais, que foram considerados pelo nosso governo como dignos parceiros de reconhecimento internacional. 0 ex-terrorista e ditador Kadhafi chegou a ser considerado como um irmão. Irmão de quê? De empreitadas ditatoriais, de uma pessoa há décadas no poder e exercendo uma dominaçao inflexível sobre o seu próprio povo.
Seguindo a mesma linha, a diplomacia brasileira permaneceu silenciosa sobre o genocidio do Sudão, onde mais de 200.000 pessoas foram assassinadas, não contabilizando aqui as pessoas esquartejadas, mutiladas e estupradas. Em nome do quê? Da não ingerência nos assuntos de outros Estados. Qual foi, então, o recado? Assassinar o seu próprio povo pode, em nome da soberania interna.
0 caso do Irã, do "presidente" Ah-madinejad, foi — e continua — escandaloso. As eleições foram fraudadas, o povo iraniano foi a rua, até alguns aiatolas ja não suportam o despotismo em vigor naquele pais, pessoas foram torturadas e assassinadas em prisões. 0 governo brasileiro se contentou em dizer que se tratava de um mero jogo de futebol, em que os perdedores tinham ficado insatisfeitos, Na ONU, Lula, agora, reiterou a mes-ma posição de menosprezo aos direitos humanos. Temos uma prova tangível da podridão dessa esquerda que traíu, inclusive, os ideais de Marx. Fechou questão com o islamismo totalitario. Como se não bastasse, um "presidente", que se caracteriza pelo antissemitismo militante, propugnando pela eliminação do Estado de Israel, é convidado a visitar o Brasil. Provavelmente, em nome de uma qualquer "solidariedade" internacional, a dos déspotas.
Frente a esse quadro, que é um quadro de horror, a "nossa" diplomacia, ou melhor, a "deles", a dos bolivarianos com afinidades totalitárias, patrocina e é conivente com a volta de Zelaya a Honduras. Só um tolo acreditaria nas palavras de "diplomatas" (sic!), segundo os quais o Brasil s6 soube do ingresso do ex-presidente bolivariano, de tendências golpistas "democráticas", quando ja tinha ingressado naquele país. Ainda conforme o nosso "chefe" do Itamaraty, deu-Ihe "boas-vindas", oferecendo-lhe a hospitalidade brasileira. Pelo menos, Zelaya e sua mulher foram "honestos' ao agradecerem ao chanceler Amorim e ao presidente Lula o seu apoio.
Para acreditar na versão oficial, é necessário acreditar em duendes. Os cidadãos brasileiros são tidos por crédulos, mal-informados ou, melhor, tolos. Nada bate com nada nas versões oferecidas, salvo o seu objetivo de dar o máximo de sustentação ao projeto bolivariano do golpista fracassado Zelaya. 0 que é para eles insuportavel é que ações inconstitucionais tenham sido abortadas pela Corte Suprema daquele país, pelo Legislativo e pelos militares. Querem encobrir tudo isto, dizendo que se tratou de um "golpe militar", que a América Latina não pode mais suportar.
0 que pode a América Latina suportar? Deve suportar a subversão da democracia por meios democráticos, com destaque para eleições e assembleias constituintes. Deve suportar a eliminação da divisão de poderes, com líderes máximos solapando progressivamente todas as instituições representativas. Deve suportar a eliminação da liberdade de imprensa, num cenario liberticia que relembra a vereda totalitária de uma esquerda, que já nem mais sabe o significado de valores universais. As palavras começam a perder o seu sentido, ganhando um novo, que guarda uma remota ligação com o seu significado original.
A diplomacia brasileira fala que concedeu refugio a Zelaya. Como assim? Ele estava sendo perseguido dentro de seu proprio país? Precisa ele de asilo? Ora, trata-se de uma pessoa que foi obrigada a deixar o poder por conspirar contra a Constituiço. Por isto, foi ele conduzido para fora de seu próprio país, sem que tivesse sofrido dano físico, nem tenha estado a sua vida em perigo. 0 que a diplomacia brasileira fez foi patrocinar a sua volta a Honduras, em aliança com Hugo Chavez, que reconheceu ter organizado toda a operação. 0 Brasil atrelou-se à Venezuela. A diplomacia brasileira está se ingerindo nos assuntos internos de outro país, numa escancarada violação da Constituição brasileira, das Cartas da OEA e da ONU.
Numa completa tergiversação, o chanceler Amorim pede que o governo de Honduras não pratique nenhuma violência contra o bolivariano Zelaya. Ora, é a diplomacia brasileira que está suscitando violência e tumulto naquele país. Os mortos já se contam. Os bolivarianos estão entrincheirados na embaixada, a partir da qual fazem manifestações públicas e organizam os seus partidários para levar a cabo o seu projeto de subversão da democracia. Como são politicamente corretos, dizem estar defendendo a democracia.
Na subversão do sentido das palavras, clamam que não reconhecerão as eleições em curso. Como assim? Por que elas estavam previstas na Constituição, antes mesmo da deposição de Zelaya? Nao faz o menor sentido! As eleições seguem um cronograma constitucional, num regime de plenas liberdades, em particular de imprensa e partidária. É precisamente isto que se torna insuportável para esses socialistas autoritários.
Os países que parecem encantados com os cantos bolivarianos, como os EUA e os países europeus, estao cor-tando as fontes de financiamento deste pequeno país resistente. Enquanto isto, Lula negocia com Obama o fim do em-bargo comercial a Cuba. Deve estar fazendo isto em nome da democracia!

DENIS LERRER ROSENFIELD é professor de filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

* Já aqui afirmei que este Amorim NADA TEM A VER COM A MINHA FAMÍLIA. Graças a Deus. Azar o meu de haver gente assim com o mesmo nome!




22 de set. de 2009

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O nosso big líder é aplaudido, condecorado, homenageado, por esse mundo fora. Mas... e aqui dentro? Todos os dias os jornais com lindas fotos com os tais bonés de que fala Arnaldo Jabor, mas à custa de muito dinheiro que corre para jornais e jornalistas vendidos.
Felizmente nem todos. Honrosa exceção, como poucas mais, é este jornalista. Ele escreve o que eu também penso, com uma grande diferença de qualidade de escrita. Por isso, com o devido respeito aqui vai, uma vez mais


Arnaldo Jabor - “Globo” , 22/09/09


Devo pedir champanhe ou cianureto?


Um articulista em crise existencial
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O grande Cole Porter tem uma letra de música que diz: “Questões conflitantes rondam minha cabeça. Devo pedir cianureto ou champanhe?”
Sinto-me assim, como articulista. Para que escrever? Nada adianta nada. Ando em crise, como vejo nos desenhos do excepcional Angeli, gênio da HQ. E como meu trabalho é ver o mal do mundo, um dia a depressão bate. Não aguento mais ver a cara do Lula de boné, dançando xaxado pelo pré-sal, não aguento mais ver o Sarney mandando no país, transformando-nos num grande “maranhão”, com o PT no bolso do jaquetão de teflon, enquanto comunistas, tucanistas e fascistas discutem para ver quem é mais de “esquerda” ou de “direita”, com o Estado loteado entre pelegos sem emprego e um governo regressista nos jogando de marcha a ré para os anos 40; não dá mais para ouvir quantos campos de futebol foram destruídos por mês na Amazônia, quando ninguém jamais consegue impedir as queimadas na Amazônia, enquanto ecochatos correm nus na Europa, fazendo ridículos protestos contra o efeito estufa; passo mal quando vejo a cara dos oportunistas do MST, com a bênção da Pastoral da Terra, liderando pobres-diabos para a “revolução” contra o capitalismo, não aguento secretários de Segurança falando em forças-tarefas diante de presídios que nem conseguem bloquear celulares, não suporto a polêmica nacionalismo pelego x liberalismo tucano de hímen complacente, tenho enjoo com vagabundos inúteis falando em “utopias”, bispos dizendo bobagens sobre economia, acadêmicos rancorosos decepcionados, mas secretamente apaixonados pela velha esquerda, tremo ao ver a República tratada no passado, nostalgias de tortura, indenizações para moleques, heranças malditas, ossadas do Araguaia e nenhuma reforma no Estado paralítico e patrimonialista, não tolero mais a falta de imaginação ideológica dos homens de bem, comparada com a imaginação dos canalhas, o que nos leva à retórica de impossibilidades como nosso destino fatal, e vejo que a única coisa que acontece é que não acontece nada, apesar dos bilhões em propaganda para acharmos que algo acontece.
Não aturo essa dúvida ridícula que assola a reflexão política: paralisia x voluntarismo, processo x solução, continuidade x ruptura, deprimo-me quando vejo a militância dos ignorantes, a burrice com fome de sentido, tenho engulhos ao ver a mísera liberdade como produto de mercado, êxtases volúveis de clubbers e punks de butique, descolados dentro de um chiqueirinho de irrelevâncias, buscando ideais como a bunda perfeita, bundas ambiciosas, querendo subir na vida, bundas com vida própria, mais importantes que suas donas, odeio recordes sexuais, próteses de silicone, pênis voadores, sucesso sem trabalho, a troca do mérito pela fama, não suporto mais anúncio de cerveja com louras burras, detesto bingo, pitbulls, balas perdidas, suspense sobre espetáculo de crescimento que só acontece na mídia, abomino mulheres divididas entre a piranhagem e a peruíce.
Onde está a delicadeza do erotismo clássico, a poética do êxtase? Repugnam-me os sorrisos luminosos de celebridades bregas, passos de ganso de manequim, notícias sobre quem come quem, horroriza-me sermos um bando de patetas de consumo, crianças brincando num shopping, enquanto os homens-bomba explodem no Oriente e no Ocidente, enquanto desovam cadáveres na Faixa de Gaza e em Ramos, com ônibus em fogo no Jacarezinho e em Heliópolis, museus superfaturados evocando retorcidos bombardeios em vez de hospitais e escolas, espaços culturais sem arte alguma para botar dentro, a não ser sinistras instalações com sangue de porco ou latinhas de cocô de picaretas vestidos de “contemporâneos”, não aguento chuvas em São Paulo e desabamentos no Rio, enquanto a Igreja Universal constrói templos de mármore com dinheiro arrancado dos pobres, e Sonia Hernandez, a perua de Cristo do Renascer, reza de mãos dadas com Dilma Rousseff de olhos fechados, orando pelos ideais de Zé Dirceu, enquanto formigueiros de fiéis bárbaros no Islã recitam o Corão com os rabos para cima antes de pilotar caminhões-bomba, xiitas sangrando, sunitas chorando, tudo no tão mal começado século XXI, não aguento ver que a pior violência é nosso convívio cético com a violência, o mal banalizado e o bem como um charme burguês, não quero mais ouvir falar de “globalização”, enquanto meninos miseráveis fazem malabarismo nos sinais de trânsito, cariocas de porre falando de política, e paulistas de porre falando de mercado, festas de celebridades com cascata de camarão, matéria paga com casais em bodas de prata, Lula com outro boné, políticos se defendendo de roubalheira falando em “honra ilibada”, “conselho de ética arquivado”, suplentes cabeludos e suplentes carecas ocultando os crimes, anúncios de celulares que fazem de tudo, até boquete; dá-me repulsa ver mulheres-bomba tirando foto com os filhinhos antes de explodir e subir aos céus dos imbecis, odeio o prazer suicida com que falamos sem agir sobre o derretimento das calotas polares, polêmicas sobre casamento gay, racismo pedindo leis contra o racismo, odeio a pedofilia perdoada na Igreja, vomito ao ver aquele rato do Irã falando que não houve Holocausto, sorrindo ao lado do Chávez cercados pelas caras barbudas de boçal sabedoria de aiatolás, repugnam-me as bochechas da Cristina Kirchner destruindo a Argentina, Maluf negando nossa existência, Pimenta das Neves rebolando em cima dos buracos do Código Penal, confrange-me o Papa rezando contra a violência com seus olhinhos violentos, não suporto cúpulas do G20 lamentando a miséria para nada, tenho medo de tudo, inclusive da minha renitente depressão, estou de saco cheio de mim mesmo, dessa minha esperançazinha démodé e iluminista de articulista do “bem”, impotente diante do cinismo vencedor de criminosos políticos.
Daí, faço minha a dúvida de Cole Porter: devo pedir ao garçom uma pílula de cianureto ou uma flûte de champanhe rosé?


25 de ago. de 2009

Já por diversas vezes afirmei que não ia mais comentar a política, os políticos, que tanto teem desgraçado este país tão bonito, tão bom tão promissor. Mas para quando? De fato nem preciso comentar. Todos os dias, TODOS, há comentaristas, que escrevem maravilhosamente, estão muito bem informados e que nos dizem o que não seriamos capazes de o fazer. Como hoje este "brito de alma" de um grande jornalista, que publicou no jornal "O Globo" o texto abaixo, para que chamo a vossa atnção.
Depos procurem descobrir como o nosso big lider é tão amado e respeitado na Europa e não só.
É fácil a resposta: não são eles que carregam esta carga fétida na cabeça.
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ARNALDO JABOR
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Aprendemos de cabeça para baixo

Nunca nossos vícios ficaram tão visíveis

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Os canalhas são mais didáticos que os honestos. O canalha ensina mais. Temos assistido, como nunca antes, a um show de verdades através do chorrilho de negaças, de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo. 0 Brasil está evoluindo em marcha a ré! Nestas ultimas semanas, sô tivemos desacontecimentos. O senador Mercadante ia sair da liderança do PT, irrevogavelmente. Depois, oscilou, seu mestre deu-lhe um esculacho, e ele voltou atrás. Marcha a ré.
Desaconteceu. A Dilma também. Ela "não" se encontrou com a Lina Vieira, não.
Querem nos convencer de que a Lina é maluca e resolveu inventar tudo aquilo para prejudicar a ministra. Ninguém se lembra de que essa polémica do "fui, não fui" é útil para camuflar o fato de que a expulsão da Lina aconteceu somente por causa do questionamento a Petrobras...
Tudo marcha a ré. Tudo some. As fitas de VT do Planalto se apagaram. Ninguém existe mais nas fitas. Os atos secretos voltam pouco a pouco e deixam de sê-lo. O nosso Sarney foi absolvido de tudo; as 11 acusacões foram arquivadas pelo mordomo-suplente — desaconteceram, sumiram na descarga do Conselho de Ética. Sarney, o Comandante do Atraso, disse que não se sente culpado de nada. Está certo — seus servos decretaram que nada houve. Nossa frágil república esta sumindo. As tramóias e as patranhas de hoje são deslavadas, não há mais respeito nem pela mentira... Está em andamento uma "revolução dentro da corrupção", tudo na cara da população com o fito de nos acostumar ao horror.
Com a dissolução do PT, que hoje é o verdadeiro partido da "direita", com o derretimento do PSDB, o destino do país vai ser a maçaroca informe do PMDB (Oba! Vem aí o tesouro da legislação do pré-sal, a ser entregue a seus malandros-chefes, que já devem estar babando).
No entanto, justiça ao narcisismo deslumbrado do Lula, com seu projeto de si mesmo: nun¬ca nossos vícios ficaram tão explícitos, nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo.
E, aí nossa única esperança: talvez estejamos aprendendo sobre a dura verdade nacional neste rio sem foz, onde as fezes se acumulam sem escoamento. Por exemplo: uma visão do cabelo do Wellington, a cara dura de seres como o Almeida Lima, o rosto feliz do Renan e do Juca nos ensinam muito. Que delicia, que doutorado sobre nos mesmos!
Já sabemos que a corrupção no país não é um "desvio" da norma, não é um pecado ou crime; é a norma mesmo, entranhada nos códigos, nas línguas, nas almas.
Aprendemos a mecânica da sordidez: a técnica de roubar o Estado para fazer pontes para o nada, viadutos banguelas, estradas leprosas, hospitais cancerosos, esgotos à flor da pele, orgasmos entre empreiteiras e políticos. Querem nos acostumar a isso, mas, pode ser (oh Deus!) que isso seja bom: perdermos o auto-engano, a fé. Estamos descobrindo que temos de partir da insânia e não de um sonho de razão, de um desejo de harmonia que nunca chega.
Até que enfim nossa crise endêmica está sujamente clara, em cima da mesa de dissecação, aberta ao meio como uma galinha. Meu Deus, que prodigiosa fartura de novidades imundas, tão fecundas como um adubo sagrado, belas quanto nossas matas, cachoeiras e flores. Como é educativo vermos as falsas ostentações de pureza, candor, para encobrir a impudicícia, o despudor, a bilontragem nas cumbucas, nos esgotos da alma... Que emocionante este sarapatel entre o público e o privado: os súbitos aumentos de patrimônio, fazendas imaginárias, açougues-fantasmas, netinhas e netinhos, filhinhos ladrões, a ditadura dos suplentes, cheques podres, piscinas em forma de vaginas, mandingas, despachos, as galinhas mortas na encruzilhada, o uísque caindo mal no Piantela, as diarréias secretas as flatulências fétidas no Senado, diante das evidencias de crime, os arrotos nervosos, os vômitos, tudo compondo o grande painel da nacionalidade.
Já se nos entranhou na cabeça, confusamente ainda, que, enquanto houver 20 mil cargos de confiança no país, haverá canalhas, enquanto houver estatais com caixa preta, haverá canalhas, enquanto houver subsidios a fundo perdido, haverá canalhas. Com esse código penal, nunca haverá progresso. Já sabemos que, enquanto não desatracarmos os corpos públicos e privados, que enquanto não acabarem as regras eleitorais vigentes, nada vai se resolver.
Já sabemos que mais de R$ 5 bilhões por ano são pilhados de escolas, hospitais, estradas. A cada punição, outros nascerão mais fortes, como bactérias resistentes a antigas penicilinas, e mais: os que foram desonrados no Congresso voltaram fortes e mandam no Legislativo. Temos de desinfetar seus ninhos, suas chocadeiras.
Só nos resta a praga. Isso. Meu desejo é maldizer, como já fiz aqui várias vezes.
Portanto, malditos sejais, mentirosos, negadores, defraudadores, vigaristas, trampistas, intrujões, chupistas, tartufos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas pútridas, que vossas línguas mentirosas sequem e que água alguma vos dessedente, que vossas mentiras, marandubas, fraudes, lérias e aldravices se transformem em cobras peçonhentas que se enrosquem em vossos pescoços, que entrem por vossos rabos e fundilhos, e lá depositem venenosos ovos que vos depauperem em diarréias torrenciais.
Que a peste negra vos devore a alma, políticos canalhas, que vossos cabelos com brilhantina vos cubram de uma gosma repulsiva, que vossas gravatas bregas vos enforquem, que os arcanjos vingadores vos exterminem para sempre!
No entanto, além das maldições, sou um otimista inveterado: fico procurando algo de bom nessa bosta toda!
Talvez essa vergonha seja boa para nos despertar da letargia de 400 anos. A esperança tem de ser extirpada como um furúnculo maligno. Através deste escracho, pode ser que entendamos a beleza do que poderíamos ser!

10 de ago. de 2009

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O ensino em Angola
nos tempos muito idos!

Sempre se reclamou em Angola, bem como em todas as outras colónias portuguesas, da falta de conveniente ensino para todos. E tinham razão. Mas como podia Portugal dar a esses territórios o que ele mal tinha, quando tinha, dentro da sua metrópole?
A educação nos sertões, e quase só em Angola, estava a cargo das missões católicas, mas estas, sobretudo a partir da expulsão dos jesuítas, entram em decadência, maior ainda no final do século XVIII com as novas idéias da Revolução Francesa, depois a abolição das ordens religiosas, e a falta cada vez mais notória de “vocações”. Isto além do pouco tempo de vida que os dedicados missionários tinham naquele inóspito e doentio clima. Alguns chegavam ao seu destino já em padiola, carregados de febres, para morrerem sem se terem podido sequer levantar!
Sem querer fazer história, ou muito menos ensiná-la a quem quer que seja, é bom ir um pouco atrás e ver como Portugal entrou em franca decadência já no reinado de D. João III, O Piedoso introdutor da Inquisição!
Depois de Afonso de Albuquerque a Índia não cresce mais. Angola nesse tempo mal começa a despertar para os grandes negócios da escravatura, levando-se dali, quase como um “troco”, também marfim e cera, e vai consumindo gente que, face à aspereza do clima, dizimava europeus com uma velocidade impressionante.
O tempo vai passando e o Brasil é a única esperança de Portugal, sempre violentamente atacado no mar e terra por amigos ingleses e holandeses, e “inimigos” como os franceses. Mas cresce, e cresce com a mão de obra que os potentados africanos, sobretudo angolanos, lhe forneciam nas quantidades necessárias. E não só aos portugueses, porque traficavam, praticamente à vontade, nos portos de Angola, negreiros franceses, ingleses, dinamarqueses e outros!
As tentativas de colonização sempre deram errado. Em 1792 formou-se em Inglaterra uma sociedade de colonização que junto com a Companhia Francesa do Senegal, decidiu levar para a Guiné, para uma colônia agrícola, 275 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, chegando aos Bijagós em Maio desse ano. Era a primeira vez que o povo dali via mulheres brancas, o que lhes causou surpreendente repulsa! Mas o clima não era para ingleses. Não tardou a que a maioria pedisse o repatriamento, o que se fez, tendo ficado somente 91. Em Novembro a doença tinha comido neles, e sobravam só 28, em Janeiro 13 e em Julho 7. Acabou-se a experiência inglesa na Guiné.
Quase duzentos antes da criação dos Estudos Gerais, em Angola e Moçambique, nome que se lhe dava para não ferir suscetibilidades aos doutores universitários em Portugal, um ano antes desta tentativa de colonização, em 1791, governava Angola D. Manuel de Almeida e Vasconcelos que, seguindo ordens recebidas da Corte, funda em Luanda aulas de medicina e anatomia! Aqui começam, de fato os Estudos Gerais de Angola. E ainda de geometria e matemática, tendo como primeiro mestre o segundo tenente de Artilharia António Manuel da Mata, enquanto sua mulher D. Tereza Maria de Albuquerque se encarregava duma escola feminina de “ler, escrever e contar”!
A seguir, no governo de D. António Saldanha da Gama, tentou-se levar para Angola a vacina anti-variólica, mas sem resultado. Mas prosseguem as aulas de matemática e geometria confiadas a outro oficial de Artilharia Francisco de Paula e Vasconcelos.
Nessa época a população total de Luanda, onde se concentravam os europeus e os angolanos mais evoluídos em estudos, alguns que já saberiam ler e escrever, não passava de 6 a 7.000 almas – de todas as cores, se é que alma tem cor! - depois de um acentuado declínio nos últimos dez anos de cerca de um terço da população! Decadência do comércio, clima, etc. tinham reduzido Luanda a uma situação de extrema penúria e dificuldade.
Assim mesmo, e com vista a um maior e melhor desenvolvimento, a Coroa, ainda no reinado de D.Maria I, já louca desde 1792, e portanto sob a regência do príncipe depois rei D. João VI, decide criar estudos superiores, e valorizar o conhecimento das mulheres.
Infelizmente estas tão louváveis iniciativas não tiveram a continuidade necessária e interrompeu-se assim um dos melhores meios de valorizar as gentes angolanas e a própria terra.
do Brasil, por Francisco G. de Amorim
10 ago. 09


2 de ago. de 2009

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Nós, os imbecis !


"Da arrogância nasce o ódio; da insolência, a arrogância." (Cícero)
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É espantosa a série de bestialidades que um chefe de estado se permite pronunciar, sem que algum desprestígio lhe venha.
Há dois dias o bid líder, a propósito do aumento de 11,1 milhões para 12,4 milhões de beneficiários do tal “Bolsa Família”, e do aumento de 10% do valor dessa esmola, se tenha assumido a arrogância ao dizer:
“Ainda tem gente que critica o Bolsa Família... Alguns dizem que é uma esmola, assistencialismo, demagogia, e vai por aí. Tem gente tão imbecil, tão ignorante que ainda fala que o Bolsa Família é para deixar as pessoas preguiçosas, porque quem recebe não quer mais trabalhar!”
Mais espantoso ainda é que tudo quanto ele disse é a verdade demonstrada! Quem recebe essa esmola NÂO QUER MESMO TRABALHAR, fica cada vez mais ignorante, mais miserável, e aos olhos da família, um vagabundo!!
O Bolsa Família é quase uma garantia de voto! É uma descarada compra de votos, e um insulto para o povo. Todo o que recebe uma esmola sente-se insultado. "A esmola tanto avilta quem a dá como quem a recebe." (Anatole France) E segundo o Prof. Neri de Paula Carneiro, filósofo e teólogo, “uma das piores criações humanas foi a esmola.”
Mas nós somos todos um cambada de imbecis aos olhos do intelectual pseudo presidente, que nem a instrução primária completou, e cortou um dedo para poder aposentar-se e ser líder de grevistas! Ele, a inteligência suprema! O iluminado!
O chefe de um governo que no último ano, com a crise à solta, aumenta os gastos públicos em 2,5% do PIB, não investe em infra-estrutura, ensino ou saúde mais de 1,1%, e do alto da sua baixaria passa um atestado de imbecis a todos os brasileiros que, parece que infelizmente, têm um mínimo de sensatez e capacidade de raciocínio, deixa no ar a pergunta: “Quem são mesmo os imbecis?”
Nós, é evidente, que insistimos em achar que ele merece 70% de aprovação, nós, os que ainda pensamos em votar na sua minina protegida, ex terrorista, nós, os que ficamos quietos perante tamanho insulto nacional, nós, que, sem retorno digno, pagamos 38% de impostos, o que nos leva a trabalhar 4,5 meses por ano só para pagar esses impostos, nós, que assistimos DIARIAMENTE a notícias aterradoras, como a última em que só na construção de uma linha férrea, que nem a meio chegou e começou há 12 anos, já se descobriu um superfaturamento de mais de $500 milhões, nós, que vemos o presidente do senado a roubar descaradamente e o chefe deste estado de coisas a querer protegê-lo de qualquer forma para não perder a base apoio que lhe permite toda a casta traficância, nós, de fato, somos uns imbecis! Uns covardes. Uns vendidos. Assistimos impunemente a este descalabro e ninguém mexe uma palha para acabar com esta situação!
O Brasil já podia ser uma potência mundial, à frente de qualquer outra. Temos um povo misturado de todas as cores e origens, não somos racistas porque ninguém aqui é “sangue azul”, apesar do imenso esforço de determinadas organizações e o próprio (de)governo insistirem em criar estatutos super racistas, nas universidades e nos cargos públicos, em delegacias de polícia onde só os de pele escura se podem queixar, mas temos técnicos e cientistas em todas as áreas capazes de elevar o Brasil ao primeiro ranking mundial.
Mas como somos todos imbecis, isso não vai acontecer. Só no dia em que nós, os imbecis, nos unirmos, tomarmos conta do governo e mandar as atuais “arrogantes-inteligências” que desmandam e assolam este país em ritmo ainda mais voraz do que uma imensa praga de gafanhotos, para um centro de recuperação de ladrões e dementes.
Que falta faz o Código de Hamurabi: ao primeiro roubo cortava-se-lhe uma mão, ao segundo a outra mão e ao terceiro a cabeça! Devia ser interessante entrar nos palácios do (des)governantes e no congresso e ver a maioria dos “representantes do povo” sem mãos e sem cabeça!

Imaginem isto no governo!


Espetáculo dantesco! Não de horror. De alegria.
E aos mentirosos, dissimulados e arrogantes arranca-se-lhe a língua!
Há 4.000 anos era assim. Hoje, o bicho homem em vez de ter evoluído, regrediu, e parece que em velocidade de aceleração logarítmica!
Mais valia que eu jamais tivesse aprendido a ler e ouvir para poder estar livre de tamanhos insultos e desmandos!

do Brasil, por Francisco G. de Amorim

2 ago. 09

26 de jul. de 2009

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O céu continua estrelado, mas a ordem e o progresso...

Infelizmente não há nada a fazer!
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O céu estrelado por sobre mim e a lei moral dentro de mim.

Immanuel Kant

Este país é agora adulado por dois extremistas fascistas, um de direita e outro de esquerda, qual deles o pior, e que o diabo escolha se for macho suficiente: um, ministro dos negócios estrangeiros de Israel, Avigdor Lieberman, racista e extremista, que vem pedir ao nosso big kxk que não dê muita ênfase à visita do presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, extremista e racista - amigo dos peitos do Chavez -, que decidiu que a sua primeira visita, após tomar posse para o segundo mandato, seja ao Brasil, para, em primeiro lugar mostrar ao mundo que há um país importante que louva o resultado daquelas malditas eleições, e ao mesmo tempo pedir ajuda para ver se o Brasil também “malha” nos sionistas!
Não há melhor interlocutor para os receber e deixar que ambos chorem no seu ombro, do que o nosso big sheriff! Como jamais fez alguma coisa pelo país sendo seu máximo dirigente, nem reformas básicas, nem investimento em infra-estruturas, nada, e com o desastre que tem sido a atuação do nosso (deles!) ministério das relações exteriores, o resultado destas duas famosas visitas... vai ser zero.
Zero para eles e abaixo de zero para o Brasil. Uma beleza, ou uma vergonha, recebermos dois indivíduos que são, cada um no seu extremo, o oposto da democracia, dos direitos humanos, da dignidade? País nenhum os recebe, e eles vêm procurar apoio no Brasil!
Sérgio Vieira de Mello*, um dos grandes e esquecidos homens deste país, tristemente assassinado num ataque com carro bomba na loucura do Iraque, em Bagdá, onde estava como chefe da missão da ONU, disse um dia, numa aula no Instituto de Altos Estudos Internacionais da Universidade de Genebra:“...uma das dificuldades insolúveis mais antigas e mais profundas do pensamento e do comportamento humano é a tensão, a incompatibilidade, o choque entre a moral e a política”. E continua: “Que a política seja, por essência, distinta da moral, está mais do que claramente demonstrado pela existência da história. Mas essa incompatibilidade seria a confirmação cínica da inevitabilidade do mal, e do mal absoluto da história. Sem dúvida alguma, a escolha mais fácil, mas também a mais irresponsável, é aquela em que tudo, absolutamente tudo, pode ser rediscutido. Tal posição é manifestamente insustentável”.
Esta linha de pensamento define os grandes homens, talvez os homens normais. Estes não discutem nem ética nem moral. Elas são intrínsecas ao caráter do homem, com “H” maiúsculo, que o distingue das bestas, grandes ou menos grandes.
O espetáculo a que, cada vez mais profundamente estamos a assistir neste país, é de uma degradação impressionante. Não escapa governo, nem senado, nem câmaras, sejam elas de deputados federais, estaduais ou municipais, nem polícia, nem tribunais. Nada! Tudo se vende, tudo se compra, tudo se corrompe.
Imagino que quem aqui não viva possa fazer a pergunta: “Como é que o país sobrevive e ainda progride?” É que, apesar de tudo, são quase 200 milhões de habitantes que todos os dias têm que lutar para sobreviver, alguns para vencer, e por muito que o (des)governo se ausente e descomande, que o senado se corrompa até à vergonha absoluta, que os tribunais castiguem o ladrão de galinhas e deixem impunes os “colarinhos brancos”, aliás “colarinhos de ouro”, o país tem que crescer.
A leitura de qualquer jornal, diário, é pior do que tratamento de choque! Choque de pouca vergonha, de violência, de impunidade, e sobretudo o choque do descaramento com que tudo se embrulha e discute e rediscute, como se roubar aos bilhões os dinheiros públicos, corromper a todos os níveis, fosse coisa de somenos. Como disse Sérgio Vieira de Mello, isto é insustentável. Este grande brasileiro não viveu o suficiente para ver o seu país degradar-se moral e eticamente até ao mais baixo nível, o que lhe teria sido doloroso, como é para todos nós. Uma vergonha.
Vê-se o presidente defender com todos os meios - $$$ - de que dispõe, e parecem ser infindáveis, os agora seus correligionários que ainda há poucos anos eram os mais ferozes adversários políticos, que ele insultava em comícios chamando-lhes de ladrões! Mas hoje precisa deles na chamada “base” para sustentar a sua inépcia!
Um ex presidente da República, que consegue extorquir das formas mais absurdas verbas fabulosas para enriquecer mais ainda, a ele e a família! Que inclusive “esquece” de participar no seu imposto de renda mais uma “casinha” em Brasília avaliada em 5 milhões de reais!
Ver outro ex presidente que foi corrido por indecente e má figura, a quem o atual, na época, se atirou como hiena a carniça, ser tratado como grã-senhor, abraçando-se ambos com sorrisos de “velha e longa amizade”! Para “nós” – eles – os donos do poder, a sociedade dominante, tudo. Para o resto, o povo imbecil que vota sem ter a mínima noção do que está a preparar para si próprio, o desprezo, o cinismo, o abandono. Referindo uma vez mais Sérgio Vieira de Mello: “...como sociedades diferentes podem desenvolver tamanha desconsideração implacável pela vida humana!”
Perdeu-se totalmente o senso. Qualquer senso. Não há moral nem ética, muito menos vergonha.
A tal lei moral, de que fala Kant é ignorada. Só o céu continua estrelado! Porque os corruptos ainda não conseguiram apoderar-se dele!

* ler: "Sérgio Vieira de Mello – Pensamento e Memória”. Org. Jacques Marcovitch, EDUSP e Ed. Saraiva, 2004.
do Brasil, por Francisco G. de Amorim
26 jul. 09

23 de jul. de 2009

Os Humbi-Nhanhekas

Aspeto típico da região

Este texto é extraido de um email do meu querido amigo angolano, Manuel Ferreira Duarte de Sousa. Um homem que dedica grande parte da sua vida ao povo de Angola, em assistência social, médica. Um exemplo para todos e um estímulo a que sigamos os seus passos onde quer que nos encontremos nesta Terra.

Os Humbi-Nhanhekas, onde se dizem incluir Muilas (uns pronunciam Mumuilas) e os Mucubais, parentes próximos uns dos outros, ainda andam por ai de saúde e com suas cabeças de gado a pastar.
Ainda não ha muitos meses, eu próprio estive na região entre a Huila e o Cunene, na Cahama (onde houve grandes, violentos, destruidores e determinantes combates entre as tropas invasoras e ocupantes da África do Sul, Cubanos e Angolanos) e no Otchinjau (zona ocupada pelos invasores/ocupantes Sul-Africanos) e no Okavalalu (onde os Cubanos se concentraram antes da retirada para o Litoral e para Cuba), participando como voluntário pelo Rotary Club de Luanda e pelo Rotary International (do qual – do primeiro – sou atual Presidente desde 1 de Julho passado), e onde a luz ainda não chegou e as estradas são picadas precárias e cheias de pedregulhos e irregularidades, incirculáveis no tempo das chuvas, cuja correnteza as corta em diversos pontos), à imagem do que tenho feito no Kuando Kubango, Malange, Luanda, e outras, e ali ainda são vividos com grande pureza, os costumes e hábitos destes povos, cujos homens, sobretudo do Nhanhekas do Cunene, o cavalo ainda e um elemento fundamental na pastagem dos bovinos.
Felizmente saúde não lhes falta

A particularidade esquelética compleição física destes e evidentemente diferenciada de outros Povos Bantus, quiçá, por breves momentos e à medida que deles estamos próximos, que usualmente são de uma elegância e altura acima da média, tendo cabelo farto e até usando suíças, bigodes e até barbas bem postos e aparados (quase com um aspecto Europeu), nos fazem lembrar os Egípcios, assim como o seu gado, que é constituído por bois grandes e de largas e fartas hastes cornudas, que muito recorda em semelhança e aspecto, aqueles que são desenhados nos afrescos egípcios.

Habitação de uma família

Alem disso, são exímios cavaleiros, não usando aparelhos de montagem (sela), e simplesmente usando uma corda como arreio na cabeça do cavalo, que montam com uma destreza impressionante, podendo acertar num pequeno objeto no chão, com uma flecha e trotando em certa velocidade (dariam bons jogadores de polo, com certeza). Ainda levam um porrete e por vezes uma machadinha, arco e flechas, uma faca afiada (punhal tradicional tribal) com cabo de osso ou corno, muito semelhante aos usados pelos Kuanhamas, também do Cunene (região que vai de Xangongo, onde fica a Prisão do Peu-Peu e onde podem ser encontrados os Imbondeiros mais largos do Mundo, até a Ondjiva/Santa Clara, uma a Capital do Cunene e a outra perto na Fronteira – os Povos da Namíbia e de Angola são parentes, sobretudo neste ultimo caso, onde o relevante Rei Mandume, também é respeitado pelos restantes Povos Ovibambos do outro lado da fronteira -. O Primeiro Presidente da Namíbia, Sam Nujoma pertence à etnia Ovivambo também.)
Estes Nhanheka, usam simplesmente umas peles de bovino ou caprino, nas partes intermédias do corpo, usualmente andando de tronco nu, a não ser que esteja frio, altura em que usam casacos e anoraques normais, como toda a gente. As Mulheres usam lamas e esterco animal como cosmética e proteção do cabelo e da pele, em algumas circunstâncias, misturados com leite e com seivas de árvores e ervas, etc. Quase todas andam ainda com a parte do tronco desnudado e descalças ou com sandálias tradicionais feitas de coro bovino, usando um saiote no ventre, feito de peles de vaca ou boi. Usam ainda colares de contas de madeira, de capim seco trabalhado e miçangas. As Mucubais, na área desértica e semi-desértica do Namibe/Mocamedes, serram os dentes da frente em "v", para melhor trincar/trinchar os alimentos e usam espirais de latão/cobre à volta da parte baixa das pernas, junto ao tornozelo até à barriga das pernas. Este e um símbolo para Mulheres casadas e com filhos ou não. As Mucubais chegam a vir a Luanda, para comercializar um produto vegetal para o cabelo (diz-se que faz crescer e restabelece a saúde do cabelo) e para a pele, de cor preta e com um cheiro ativo, chamado Mupeque. Há quem o use misturado com bronzeador como proteção solar.
Ainda não ha muito tempo, elas circulavam pelas Ruas de Luanda, a quase mil km de onde usualmente vivem de forma tradicional, com os seios livres e à vista, tendo aos poucos, as autoridades forçado a que usem sutiã e panos para cobrir essa parte da nudez.
Olhem este "fofo" !

Vinham e continuam a vir à boleia em camiões, e costumam andar em grupos de duas a mais Mulheres, estando algumas já adaptadas às ruas de Luanda e à língua portuguesa corrente de Luanda.
Segundo dizem, estes Povos praticam o alongamento dos lábios vaginais e do clitóris, ao invés de o extorquirem/cortar, como acontece com outros Povos de Angola, para que as Mulheres possam ter maior prazer sexual, podendo estas Mulheres ainda, por costume, gozar de uma alargada liberdade sexual, podendo acasalar com outros parceiros, para além do Esposo, por vontade deste ultimo, que as pode oferecer a uma visita ou amigo, portanto, em sinal de cortesia, ou por vontade das próprias, quando fora do ambiente tribal e em circunstâncias deslocação. Aparentemente, não existe o conceito de traição marital (adultério) propriamente dito, havendo outras regras de conduta tradicionais, não querendo isto dizer também, que as Mulheres dessas Tribos sejam por completo permissivas e dadas a prazeres pelo simples toma lá da cá.
Quando os vi pela primeira vez em seus ambientes costumeiros e naturais, com suas casas cercadas de espinheiros e de algum do gado (eles não vivem em aglomerados ou aldeias), veio-me à mente, a grande expedição organizada pelo Grande Faraó Ramsés, enviada ao Coração e Oeste e Sul de África (Grandes Lagos), para essencialmente descobrir e explorar a Foz do Nilo, Rio que sempre foi a grande fonte da Vida no Egito e que ele achou conveniente dominar e conhecer melhor, talvez como medida de proteção e também de conhecimento, tendo essa expedição/exército, juntos com seus milhares de cabeças de gado/logistica, nunca mais regressado à base/origem, por diversos fatores adversos, segundo se conta, uns por ataques/emboscadas/confrontos com tribos estranhas ao longo do caminho, por perca de direção/desorientação/revolta, ou simplesmente, por desistência/deserção/dispersão, etc, suspeitando-se que muitos dos elementos, ou de forma organizada ou desorganizada, fixaram-se em lugares de grande fertilidade ou em novas zonas ainda desconhecidas para os Egípcios e para outros Povos (bantus) de Africa).
Cada Pai ou Chefe de Família, tem as suas paliçadas de espinheiras para o gado vário, constituido de bois, burros, carneiros, cavalos, e outras para os cereais (Massango, massambala e variavelmente, algum milho, que constituem sua alimentação base na forma de farinha misturada com leite azedado/chocalhado numa cabaça, alimento muito forte e que tem que se ter um estomago habituado, porque pode causar lesões estomacais, por dificuldade de digestão, para quem e de fora daquele ambiente e hábito.) e aquelas onde ficam a casa principal e alguns silos e capoeiras, no centro de tudo isso.
As restantes casas e cercas dos filhos ou parentes, ficam habitualmente num raio de 1km de distancia em redor do habitat do Pai ou Chefe Familiar, e equidistantes uns dos outros, formando núcleos familiares discretos (filhos, Pais e Irmãos). Outros Grupos Familiares de irmãos dos Pais, ficam invariavelmente um pouco mais distantes, agrupando os filhos respectivos nas cercanias, mas mantendo sempre a distância adequada, supostamente, para que cada elemento possa ter espaço suficiente para que seu gado individual paste em liberdade (e muitas vezes sem a presença do pastor) sem interferências de gados alheios.
É interessante ver logo pela manhã e a meio da manhã, e um pouco depois, lá mais para à tarde, bois, cavalos, burros, carneiros e ovelhas, irem isolados ou em pequenos grupos, diretos aos poços/bebedouros (que até não existem muitos, por ser esta uma região meia seca e Arida, com arvores de médio porte e espinheiras por todo o lado, lembrando muito o Alentejo e certas Regiões da Califórnia), onde à vez e em ordem, cheios de paciência, vão bebendo civicamente à medida que chega o seu turno para beber. Assim que bebem, lá vão eles de volta aos seus locais de origem, para mais tarde, irem por si, ou por condução/indução de pastores, de volta à recolha e à salvaguarda de seus estábulos improvisados nas cercas de espinheiras respectivas. Muito difícil será de alguém se apropriar, desta forma, do gado alheio, pois, por instinto ou por algum senso consciente de orientação, todos os animais, a não ser por engano, ou por serem novos, regressam/recolhem-se à tardinha aos seus respectivos proprietários/cercas. Quando se vê a ordem com que esperam a vez para beberem, e com a variedade de animais que se aglomeram na espera, até relembra uma espécie de reunião de animais para a Arca de Noé, onde não são muito comuns incidentes ou a empurra-empurra da impaciência, que se vê usualmente nas concentrações de seres Humanos, ou nos cruzamentos não sinalizados ou em engarrafamentos de transito automóvel, futebol, etc.
Espero ter conseguido aqui em uma duzia de palavras, sido capaz de traduzir um pouco da imagem ainda atual dos Povos de Angola, sobretudo, dos aparentados ao Grupo Étnico dos Himbas, da Namíbia.

Fotos de Francisco Giner Abati, antropólogo e profesor de la Universidad de Salamanca