29 de dez. de 2008

Ainda sem qualquer acordo... no Séc. XV
Nova esperança para 2009 !
O acordo ortográfico

Começa, com o despertar do Ano Novo, a “nova” ortografia luso-internacional! Desaparece o famigerado “ .. ” , o tal trema que fez tremer muitos dos pobres estudantes submetidos ao rigor dos (a maioria inaptos) professores de português, somem uns quantos chapeuzinhos chineses, aquele circunflexo simpático ^ que é capaz de fazer mais falta aos rizicultores chineses do que ao nosso entendimento escrito, e mais umas tantas regras que eu não faço tenções de utilizar, porque já vi suficientes acordos durante a vida e ainda hoje faço muito êrro (ou erro?). Lembro que quando era jovem tinha uma tia chamada Christina que a certa altura virou Cristina, ficou tudo igual e ela sentiu-se alegremente rejuvenescida. Entretanto já a farmácia perdera o “Ph” há uns tantos anos!
Mas nada disso me incomoda.
O que realmente o acordo devia prever é a perversão dos costumes da língua, falada e escrita nos filmes legendados, onde a baixaria do linguajar, nem no meu tempo de garoto era usada entre os que se consideravam “mucho machos”!
Jamais a gente simples, com sua linguagem rústica, mesmo que fosse “a la Gil Vicente” pronunciava termos tão porcos e vis quanto os que aparecem, TODOS OS DIAS, e a qualquer hora do dia, nos programas de televisão. No rádio não se ouve nojeira semelhante.
E não sai só da boca de jovens ou marginais de gangues, não. Atores com papeis de elegantes executivos e mulheres duma suposta alta sociedade usam essa terminologia rasca com a mesma desfaçatez com que poderiam dizer “está um dia lindo” ou “você é muito simpático”!
Parece não haver filme, até em desenho animado, em que o “transar” não seja mencionado e, pior ainda, exibido, com porcos detalhes anatômicos. A palavra foi buscar a sua origem a transação, do italiano transazione que, parecendo prever a degradação dos costumes, já indica que transação pode ter um significado degradante, como quando alguém !
E se fosse só isto, quase se poderia dizer que se transmitiam mensagens de boa e sã moral! O restante e baixo linguajar, nem eu, que me considero (mesmo com muita gente de opinião contrária, o que acho salutar) bastante libertário e até anarquista, não me atrevo a mencionar. Teria que ir abaixo do mais baixo da minha consciência!
Estas permanentes invasões da privacidade não são obra do acaso ou de mentecaptos funcionários das emissoras de tv. Isto faz parte de uma mentalização global lenta, mas profunda e eficaz, da destruição da moral, da família e assim, da sociedade.
Quem está atrás de tudo? É difícil levantar o dedo e apontar. Mas sabemos quem está no meio e no lado de cá! Em nome da liberdade de expressão permite-se tudo! É a democracia no seu pior. A falta de mando e de caráter de quem teria obrigação de não permitir que tais degradações fossem expostas, com o maior à vontade, a qualquer hora do dia sobretudo naquelas em que as crianças têm acesso à tv.
Não parece que fosse um atentado contra a “democracia” proibir tal linguajar, e tais filmes, antes da meia noite. E não se faz porque? Covardia e corrupção.
Meu Deus! Voltamos sempre ao mesmo.
Desculpem o desabafo de final de ano, e esperemos, sem grande esperança, que o tempo vindouro abra a cabeça aos (des)governantes. A sua consciência.
Sem não se conseguir abrir por dentro, que se abram por fora... à paulada.
Apesar de tudo, muita Paz em 2009 !
do Brasil, por Francisco G. de Amorim
29 dez. 08

23 de dez. de 2008

De bordão na mão, Deus... *
Não há mais dúvida!

Deus é mesmo brasileiro!
Com um (des)governo que tem primado pelo total absentismo e populismo, distribuindo dinheiro e não criando empregos em desenvolvimento mas só na área burocrática, o que em vez de desenvolver o país, o atrasa, o Brasil continua a crescer, e após a catástrofe da ganância financeira mundial, surge como o país das maravilhas!
As perspectivas das quase imensuráveis reservas de petróleo a seis quilômetros de profundidade e a 250 quilômetros da costa, cujo custo de extração, por enquanto o torna proibitivo, aliado à tecnologia e produção de combustível vegetal, renovável, o etanol, considerando a imensa área ainda por ocupar com exploração agrícola e mais ainda imensa e tão cobiçada e atacada e abandonada Amazônia, fazem do Brasil, neste momento de quase desespero nos países de primeiro mundo, a terra da promissão!
Aqui, onde “maná cai do Céu”, assim como balas perdidas, os direitos humanos são estropiados com leis racistas, e “todos os seres humanos são DESIGUAIS perante a lei”, que descaradamente protege a banditagem política, e inclusive lhes permite assumirem posições de destaques mesmo indiciados em crimes de toda a ordem, o país vai atravessar esta crise mundial com um mínimo de sofrimento e muita despesa para dos cofres públicos para eleger a “minina” do grande líder.
E Deus, paciente, complacente e sapiente, parece estar a dizer-nos que não tenhamos pressa: “os crocodilos são perfeitos porque andam na terra há centenas de milhões de anos, e vocês, queridos filhos, ainda nem sequer aprenderam a trabalhar DESINTERESSADAMENTE pelo povo! Um dia chegarás ao Conselho de Segurança da ONU já que é isso que mais desejais! (vai ser muito em breve o que não serve rigorosamente para nada, mas dará muito orgulho ao “grande líder”.) Entretanto vê se consegues diminuir ainda mais o número de assassinatos que só no Rio de Janeiro, e nos primeiros nove meses de 2008, ultrapassou 4.180 vítimas! E aproveita para não mentir nas contas públicas e apresentar os resultados do PIB com honestidade e não de acordo com valores “ordenados” pelo (des)governo.
Deus gosta de ser brasileiro. Sobretudo depois que o Brasil ganhou, com todo a merecimento e alegria, a Copa de 58!
Agora Ele sabe (aliás sempre soube, desde...) que o país pode ter um papel fundamental na ajuda à diminuição da fome no mundo. Mas também sabe que não é distribuindo dinheiro que o povo cresce em graça, sabedoria e barriga cheia, mas somente em preguiça, apanágio de quem está na máquina governamental, que aAssim não tem que pensar em desenvolvimento, educação, pesquisa, saúde, infra estrutura, etc. Isso cansa muito. Dar esmola, sobretudo com o dinheiro dos outros, é muito mais fácil.
Apesar de tudo Deus é brasileiro. Vê-se na alma do povo simples. Pena não conseguir entrar na alma dos (ir)responsáveis!

* - do livro "Os Pecados do Diabo e as Virtudes de Deus" de Inácio Rebelo de Andrade - Novo Imbondeiro 2008

23 dez. 08
do Brasil, por Francisco G. de Amorim

17 de dez. de 2008

Que Feliz Natal ?

NATAL

É sobretudo nesta época que procuramos não esquecer um único dos nossos amigos e de lhes mandar votos de felicidade. Que sempre desejamos, a cada momento e sempre.
É uma quadra que para alguns custa a passar. Cada vez menos amigos a quem enviar tais votos, mas que continuam a perdurar em nossas mentes e nossos corações, é a família muitas vezes dispersa, e é também ocasião para mais profundamente sentirmos a miséria daqueles a quem a vida não consegue sorrir. Ou por razões políticas, povos abandonados e perseguidos, ou por calamidades naturais, ou... por quaisquer que sejam as razões que os obriguem a viver na maior miséria.
Este ano, em nossa casa, vão estar ausentes três filhos e quatro netos. Um, filho, que nos deixou há muitos anos e certamente nos acompanha lá de Cima, sem que nós o possamos ver, abraçar e deixar de amar. Os outros a geografia nos separou, mas com quem temos ainda o privilégio de falar pelo telefone, melhor ainda pela Internet que transporta também as nossas caras e os sorrisos deles.
Mas o Natal não é uma quadra de alegria. É sim uma “festa” porque procura reunir a família, se não fisicamente, pelo menos em nossos corações, quando se perdoam eventuais desavenças e desentendimentos, até aos que nos “atrapalham” no trânsito.
Não posso deixar de pensar nos milhares e milhares de miseráveis que os governos espúrios pela indignidade transformaram, e continuam a transformar, em bandidos que agora desesperada e perigosamente procuram sobreviver sem qualquer lei.
Também não posso deixar de me indignar ao ver juizes, desembargadores, presidentes de tribunais e toda a casta de políticos e governantes constantemente se corromperem sempre em desfavor de quem paga menos, e pensar que a “festa” de Natal desses energúmenos só pode ser uma ofensa ao Deus Menino e a todos os que procuram amar o próximo.
Vivemos uma época de ganância desenfreada, do roubo descarado, dos golpes biliardários dos “espertos”, de ver fortunas que se pagam a quem sabe dar uns chutes numa bola, ou exibir-se como palhaços nos palcos, aplaudidos por milhares, gente que procura nesses entretenimentos fugir à realidade que a rodeia.
E, lá na pobre manjedoura, como há 2.000 anos, continuam milhões a sofrer.
Mesmo que do fundo do coração a todos eu queira desejar um Feliz Natal, sinto que nestas palavras há algo de hipocrisia. Feliz Natal no Congo, no Zimbábue, no Iraque e em tantos outros lugares, mesmo aqui à minha volta, a poucos minutos da minha porta, sem que, de fato, eu possa fazer algo para os alegrar?
Vou pensar num abraço universal, e continuar a meditar sobre os problemas que, quer eu queira ou não parece jamais terem solução!
do Brasil, por Francisco G. de Amorim
18 dez. 08

14 de dez. de 2008



Avozinhos hispânicos

Diz a história, em termos demasiado simples, que os primeiros habitantes da Península Ibérica seriam os celtas e os iberos. Mentira. Quando estes apareceram, há muito, muito, ali vivia outra gente a que talvez se possa chamar de indígena! Basta ver as grutas de Altamira, no norte de Espanha, com as pinturas mais realistas do paleolítico, pintadas há quase 20.000 anos!
Antes dos iberos terão chegado os celtas, que se estabeleceram no norte e centro da península, foram liquidando ou absorvendo outros povos, como os cónios que viviam na região centro-sul do que hoje é Portugal, e mais tarde derrotaram e depois absorveram os turdetanos, um dos grupos étnicos iberos.
Tem-se uma idéia de que os celtas terão vindo pelo norte da Europa, talvez a maioria se fixado no norte das Ilhas Britânicas, e os iberos... há muita opinião: de Cartago, da Fenícia, da Berbéria, do Iemen do Sul, da Sicília e da Grécia, e porque não, da antiga Ibéria, um importante reino localizado a sudeste da Geórgia?
Quem deu o nome Ibéria a toda a península foram os gregos. Porquê Ibéria? Apesar de não se encontrarem evidências arqueológicas que liguem os dois povos dos extremos leste e oeste da Europa, mas sabendo-se que os cónios e os tartessos ou turdetanos tinham, pelo mesmo no século VIII a.C. uma escrita, até hoje não interpretável, mas de origem indo-europeia, da região do Cáucaso, tudo leva a pensar ser uma hipótese bem forte que os “nossos” iberos terão ido da Ibéria georgiana. Porque não?
Continua envolto em mistério a origem do povo basco, mas também a lógica nos indica que terá chegado depois dos celtas que não lhes terão permitido que se expandissem para além do espaço que hoje ocupam, muito misturados.
Mantiveram a língua, enquanto a de muitos outros, entre eles a dos cónios e dos iberos se perdeu, mas ao fim e ao cabo a Península Ibérica foi um imenso caldeirão de povos de origens muito diversas. Dezenas de povos, com seus usos e costumes, e suas línguas, muito antes da chegada dos romanos, depois dos godos e mais tarde dos chamados árabes, só por si outra caldeirada, contribuíram para a formação daquilo que é hoje, mesmo com tantas contradições e alguns desentendimentos, o povo português e o espanhol.
Difícil é entender a fobia dos bascos (e eu tive uma bisavó basca!) com a sua brutalidade à procura de uma independência, quando a tendência atual é a união! São ricos? Ótimo. Mas já houve épocas em que outros mais ricos dividiram com eles.
Todos aqueles que têm um antepassado português ou espanhol, se não sabia, fica agora com mais uma idéia de quantos povos ou tribos foram necessários para chegar até ele!
Esta mistura toda lhe permitiu também muita boa adaptação a novos lugares espalhados por todos os cantos do mundo, e a muita luta pela sobrevivência e capacidade de resistir, e prosseguir, mesmo em circunstâncias adversas.
Só para falar nos portugueses, meia dúzia deles fizeram mais, nos séculos XV e XVI, para a globalização, do que hoje faz a Internet!
E continua a encontrar-se nomes de famílias portugueses, alguns um tanto deturpados, não só no Brasil e em África, mas na Índia, Indonésia e em tantos outros cantos do Oriente. Quem os tem, conserva-os com orgulho.
do Brasil, por Francisco G. de Amorim
14 dez. 08

1 de dez. de 2008

Atenção: daqui ao "pré sal" 6 kms em linha reta!


O “pré-sal” !

Desastre no sistema financeiro mundial? E daí? Nada vai mudar!
A Petrobrás que tem comandado a oscilação da Bolsa de ações no Brasil, e por vezes até lá fora, empresa estatal, mas toda entregue à camarilha do PT, tem feito a Bolsa subir e descer como uma gangorra, ninguém até agora tendo compreendido bem o porquê de tais manobras... sujas!
Política, é evidente.
Há pouco tempo anunciou que havia descoberto milhões, bilhões, trilhões de barris de petróleo numa camada chamada de “pré sal”, a mais de 6.000 metros de profundidade, e as ações subiram que foi uma beleza, o super presidente deste (des)governo embandeirou em arco, aproveitou para mais uma vez anunciar a camarada candidata à sua sucessão, e o povo, o povo... aplaudiu, riu, dançou, e chegou a pensar que não tardava todo o mundo estava igual aos sauditas. Cogitou até a entrada do Brasil no grupo da OPEP. Enfim, uma festa.
De imediato os “ilustríssimos” deputados e governadores de Estados começaram logo a fazer projetos para gastar a dinheirama que, certamente, iria fluir, aos bilhões, daquele tal “pré sal”, que a funcionar precisaria de investimentos na faixa, inicial, de, pelo menos meio bilhão de dólares! E começando de imediato a trabalhar nisso, só daqui a uns seis ou sete anos é que se veria a cara desse pitróil!
Poucos dias se passaram e a Petrobrás anunciava uma “pequena” retificação: afinal as reservas pré salinas não seriam tantas como anunciado! Baixa a Bolsa, fogem investidores, mas o povo disso não tomou conhecimento, porque o (des)governo ficou mudo e quedo que nem penedo!
Entretanto o petróleo baixa dos 140 USD para os 50/60, e a festa da Petrobrás começa a perder o “brilho” inicial. Primeiro porque o mercado mundial está mesmo em recessão, e depois porque, bem feitas as contas, o custo da exploração do tal manancial infindável está calculado em mais de 80 USD por barril, o que significa que aquela imensa fortuna, que transformaria o Brasil no maior reservatório do mundo... continuará a jazer lá nas profundezas do oceano!
Paciência. Mas as ações da Petrobrás continuaram a cair!
Agora então passou-se um caso inédito na história das sempre poderosas companhias petrolíferas, exploradoras, refinadoras, distribuidoras, monopolistas: um furo de caixa! A poderosa Petrobrás teve que recorrer a um banco – do Estado, como é de supor – e contrair um empréstimo de R$ 2.000.000.000,00 – isso mesmo de dois bilhões de Reais, algo em torno de oitocentos e cinquenta milhões de USD !
Se Hamlet soubesse disto diria: “Algo vai mal no reino da Petrobrás!”. Até porque com o orçamento de que ela dispõe aquilo é um verdadeiro reino.
Mal governado? Desgovernado? Abandalhado?
O que dirá sexa o (des)governo mais a sua protegida ex terrorista?
Nada. O povo aplaude na mesma “ao ver a banda passar!”
do Brasil, por Francisco G. de Amorim
1 dez. 08
Bandeira invertida significa pedido de socorro, urgente!

Carta aberta ao

Presidente do Brasil

Sr. Presidente

Como o Senhor explica que quaisquer empréstimos feitos pela União aos Municípios e Estados do nosso país tenham que ser aprovados pelo Congresso Nacional e os “financiamentos” a países estrangeiros sejam feitos por simples vontade do Governo?
O seu Governo, Presidente, já perdoou dívidas de Angola, Guiné e outros, sem que o Congresso representante do povo fosse ouvido.
Agora os vizinhos, Equador, Venezuela, Bolívia e Paraguai se preparam para nos dar um imenso calote, avaliado em R$ 5.000.000,00 – cinco bilhões de Reais – que lhes foram emprestados em negócios que aparentam, com exceção do Paraguai, não serem muito “limpos”.
Todo este dinheiro que está em jogo, é dinheiro do povo brasileiro. Não é dinheiro seu, Presidente. Como o Senhor pretende dar explicações do calote que, por sua exclusiva responsabilidade, estamos prestes a tomar?
O malbaratar, para não usar outra expressão, dos dinheiros públicos, além do trivial assistir indiferente aos permanentes e milionários desvios de fundos públicos por políticos e seus diretos colaboradores, é caso de polícia.
Não se constrói uma estrada nova, não se fazem obras de infra estrutura, não se melhora a instrução pública, quase se ignora a pesquisa científica, em sete anos de governo só se investiram 8% da verba destinada à prevenção de desastres – e acabamos de perder mais de 100 – cem – vidas humanas só em Santa Catarina – e permite-se que se ponham nas mãos de governos populistas cinco milhões de reais que poderiam transformar para muito melhor um país de semi analfabetos e desempregados?
Não se pode colocar na cadeia o Presidente da República, mas por sua total irresponsabilidade, pode impugnar-se o seu mandato através dum “impeachment”.
É isso que a sociedade brasileira, consciente e defraudada, deverá fazer.
Já.

Francisco G. de Amorim

Rio de Janeiro, 01 dez. 08