Dia de
Portugal
10 de Junho
Em honra de Camões, tão aviltado, a quem nem os ossos deixaram
descansar, alterando sem respeito a língua do mestre maior, insiste-se em
ofender, não celebrar, a Lusitanidade.
Portugueses que se espalharam pelo mundo, coração aberto e
bandeira da Cuz do Cristo, há muito aquela que foi pátria amada perdeu a
vergonha e a dignidade quando abandonou trabalhadores de terras nossas para as
entregar, por alto preço estipulado, a declarados inimigos.
Os anos passam e o desmoronar de um país que foi grande, em
valentia e dignidade, é-nos, a todo o momento exibido, com covarde orgulho, a
espezinhar a sua heróica história.
Um punhado de valentes deram novos mundos ao mundo, deram
suas vidas com outros povos, deram tudo quanto sabiam e podiam, e um dia, um
triste dia, comemorado com acinte, venderam-nos, abandonaram-nos, ameaçaram-nos
até de morte se quisessem interferir na venda das ricas terras.
Dia de Portugal! O que diriam homens com o rei João II, que
teve que matar dois duques para não ver o reino dividido, Dom Pedro o Duque de
Coimbra que se deixou matar para dar força ao sobrinho rei, Padre António
Vieira ao ver o desentenderem-se na escrita da sua língua, Dom Diniz a ver
arder as matas que tanto lhe custaram a plantar, e todos aqueles simples,
ignorados, como eu, a quem jogaram no lixo vinte anos de árduo e entusiástico trabalho
em África para não pagarem uma aposentadoria com que pudesse viver sem esmolar?
Agora a moda, covarde, dos ignorantes que se arvoram em
pensadores ou jornalistas, que insultam tudo e todos, é fomentar a desunião,
destruir a célula base da sociedade humana, a Família, semear a mentira e
insultar os antepassados que deram suas vidas pelo país, e ainda são pagos para
isso!
Infâmia.
Querem vender o que sobra de ética e dignidade a quem lhes irá
pôr uma canga no pescoço.
Será, depois, tarde. Os que se arvoram hoje em heróis da
indignidade, vão chorar. Baterão palmas no primeiro dia e, logo desprezados vão
chorar e se arrepender.
O arrependimento é próprio dos fracos.
Os que hoje conduzem Portugal para o fosso, para a fornalha
ardente, não irão mais rir nem partilhar o país pelos “amigos”.
Talvez não saibam, mas a amizade não se cria, nem se fortalece
em cima de condutas escusas e corriptas.
Ó capitães traidores dum grande ideal
Que tendo herdado um Portugal
Longínquo e ilimitado como o mar
Cuja bandeira a tremular
Assinalava o infinito Português
Sob a imensidade
do céu,
Deixais a vossos filhos um Portugal pigmeu
Um Portugal em miniatura
Um Portugal de escravos
Enterrado num
caixão de apodrecidos cravos.
Tristes capitães ufanos da derrota,
Ó herdeiros anões d’Aljubarrota
Vossos filhos mais tarde ocultarão
Os vossos apelidos d’ignomínia,
Bastardos duma raça de barões.
Para vossa punição
Vossos filhos morrerão
Espanhóis
10/06/2020
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