5 de jun. de 2009






















As Barbas do(s) Imperador(es)


Só os medíocres são populares. – Oscar Wilde
A soberba é o maior expoente da ignorância – Paolo Mantegazza


Muito bom o livro com o título acima (no singular!), da escritora Lília Schwarcz (Companhia das Letras, 1998), sobre a vida de Dom Pedro II. São cerca de 600 páginas de boa história do Brasil e da vida de um homem que pela graça de Deus já nasceu para ser imperador.
Homem bom, culto, protetor das artes, como convém a qualquer imperador que se preze, sobretudo quando essa proteção sai dos cofres do povo, é evidente, a quem coube “imperar” numa época confusa, tumultuada pelas idéias da Revolução Francesa e todos os “gritos” de independência que varriam as Américas desde a Declaração dos Estados Unidos.
Frouxo, ou fraco, como queiram, manietado pelos grandes senhores de terras e pela maçonaria, enfeitado com cocáres de índios, imperador de escravos, não soube ou era incapaz de governar.
Quando, em 1889, lhe foram dizer: “Imperador! Vossa Majestade não é mais Imperador” (beleza de convicção política, hein?), e lhe deram 24 horas para abandonar o Brasil, Dom Pedro lá se foi triste e saudoso, velho e quieto, sem revolta, desejando para o Brasil o melhor futuro possível. E não consta que fosse mentiroso, nem ladrão.
Passam-se 120 anos, o futuro teima em chegar, e um novo imperador desponta nos raios fúlgidos do assalto à democracia, seja com a preparação da “herdeira do trono”, à la Kim Jong-il, a la Bashar al Assad, que herdaram a presidência de seus papás, a la Mubarak que a quer passar a um filho, ou com a perspectiva de terceiro mandato.
Nunca neste país se havia fazido isto (sic lula). Mas como tudo vale a pena se alma não é pequena, e sobretudo porque os cofres públicos, apesar da escandalosa dívida pública são mãe generosa, o novo império bolivariano (também a la Chavez, Correa, ou Morales) está a preparar o golpe a la eternidade: o 3° mandato, e quem sabe se seguido por um “mandato tampão” de mais uns 5 anos, para... para... enriquecerem mais ainda, se possível isso for.
Moral da história: caminhamos para novo império da corrupção e da alienação total da res publica e da moral da República, tendo já quase uma centena de deputados dado entrada com pedido de revisão da constituição.
Cláusulas pétreas na nossa constituição são somente as que permitem que se roube à vontade e que, por exemplo, se permita que o presidente do STJ – o tal SUPREMO – tenha como colegas oito juízes que são seus empregados na firma de advocacia que mantém paralelamente ao cargo oficial.
Isto enquanto sua majestade dom lula I insiste na sua desbocada verborréia, tendo afirmado, sobre este gravíssimo e tristissimo desastre do avião da Air France, que para um país que encontra petróleo a 6.000 metros de profundidade, encontrar a caixa preta do avião a 2.000 é coisa simples.
Ignorante, não trabalha, nem nunca trabalhou na vida, a não ser o tempo necessário para cortar um dedo e usufruir uma aposentadoria superior à que teria se tivesse trabalhado 30 anos, ainda se permite fazer piada de boteco, quando o mundo inteiro sofre com este desastre.
Compensa-o o ministro da defesa que afirmou que uma palete de madeira, encontrada no mar, era, sem dúvida, uma peça do Airbus. Para o ministro da defesa (?) do Brasil os aviões ainda são construídos em madeira!
Não sei se dê vivas à República se à Monarquia!
Muito menos se sabe como pôr as barbas de molho. As nossas.
por Francisco G. de Amorim
5 jun. 09

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