10 de set. de 2008



Nazismo = Sovietismo
A constante repetição da história

Hitler

No final da 1ª Guerra Mundial a Alemanha ficou derrotada, esmagada e envergonhada. Além disso os Aliados impuseram-lhe pesadissimas indenizações que o povo não conseguia pagar, por maior esforço que fizesse, o que levou o país à bancarrota, fome, desemprego, sem que o governo conseguisse sair da situação.
Condições ideais para o surgimento de um ditador, um líder, mesmo maluco e perigoso, como, regra geral, são os ditadores.
Surgiu o Nacional Socialismo que criou uma nova imagem da Alemanha, acabou com o desemprego e negou-se a pagar mais indenizações de guerra, tendo, em dois ou três anos levantado o moral do povo alemão, recuperado o seu orgulho e moral habitual.
Num instante a Alemanha renasce e volta a ser, mais uma vez, numa tremenda potência industrial e bélica, desdenhando dos “tratados de paz” assinados com os Aliados vencedores.
Nova bandeira, hinos celebrando a hegemonia do povo alemão, os “arianos puros” e definido um inimigo comum: os não arianos, sobretudos os judeus, por suas riquezas, a que se lhes juntaram os ciganos. “Limpar” o país. A feroz perseguição começou.
Com a finalidade de ainda mais inflar o ego germânico, e de reconstruir o ex-glorioso Império Austro Húngaro, invade e ocupa a Áustria. A seguir a “pedido” dos sudetas ocupa a Checoslováquia, com o acordo de Stalin, metade da Polônia, a Hungria...
Estava começada a 2ª Guerra Mundial

Putin

A Perestroika e a queda do muro de Berlim, pondo fim a sete décadas de regime soviético, com uma ditadura totalmente desumanizada, provocou a falência da União Soviética com a desintegração e independência dos países satélites, descrédito, desemprego generalizado, uma voraz corrida ao lucro fácil com o domínio de máfias, normalmente comandadas por ex dirigentes da KGB, e um sentimento de vergonha do povo perante a opinião pública mundial.
Estava criada situação análoga ao aparecimento de outro ditador que não tardou a impor-se.
Foi fácil encontrar o caminho para trazer de volta o orgulho nacional, lembrando o tempo em que a União Soviética metia medo ao mundo, sem deixar os americanos dormirem descansados! Era preciso levantar a memória dos “heróis”, mesmo daqueles que haviam caído em desgraça.
Recupera-se o hino stalinista, nas rádios e tvs voltam a aparecer os “jingles” dos anos quarenta quando anunciavam a propaganda da “nomenklatura”. Estimula-se o desenvolvimento de modernas armas de guerra, fazem-se desfiles militares para mostrar o grande poderio bélico, antigo motivo de orgulho dos sovietes, esquecendo que até hoje não conseguem fabricar um simples aspirador doméstico (o que nem é mais necessário, porque se importa do oriente a preço de chiclete!) e melhor ainda, podem ameaçar os parceiros comerciais, que se não atrevem a desafiá-la, a EU e os países desmembrados, com duas armas poderosíssimas: o corte do fornecimento de gás e o petróleo!
Passo seguinte começa com o apoio à Sérvia e o não reconhecimento do Kosovo, e corrida a ajudar os “povos” que pretendem “independência-independente”, invadindo a Geórgia, retalhando-a, e ocupando cidades chaves que ameaçam a sua hegemonia no fornecimento de combustíveis a países agora na OTAN.
Todos os ingredientes se juntam para nova guerra. O problema é que esta guerra seria atômica e destruiria o mundo global. Ficaremos na guerra fria, de influências comerciais e teoricamente ideológicas, apoio ao desenvolvimento nuclear do Irão para manter Israel e os EUA na posição de medrosos, até que um dia...
Os homens não aprendem com a história, nem querem. A ambição o poderio, o bezerro de ouro é o grande Imperador!

do Brasil por Francisco G. de Amorim
10-set-08

2 comentários:

Mutran Rules disse...

Em contraposto, temos os postulados do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, fazei bem aos que vos perseguem"
É a perfeita mudança do paradigma do homem: a não-violência.
O que seria do homem sem a violência? Toda a história seria outra, nossos heróis seriam outros... Teremos a coragem para mudar e abraçar o amor?

Unknown disse...

A imposição de um Kosovo independente foi um disparate imposto pelos EUA e acolitado pela Alemanha. Já o desmembramento da antiga Jugoslávia tinha sido precipitado pela pressa alemão em "libertar" os seus irmãos (na Grosse Deutschland) Eslovenos e Croatas. O redesenho das fronteiras e a preocupação de dotar os povos amigos com territórios homogéneos e seguros nunca abandonou as grandes potências europeias - esteve apenas anestesiado pelo medo a Stalin. Bem vistas as coisas, a pura e dura História Europeia e as sua luta por esferas de influência está de volta. Por uma vez, sábios têm sido os governantes portugueses que têm resistido às pressões para reconhecerem também o Kosovo independente. É claro que a oposição de Madrid (com medo do contágio na Catalunha e no País Basco)ajuda à sensatez. Mas a sensatez deve ser sempre louvada, já que escasseia por estes lados.